São 2.927 reses mortas por conta do frio intenso que assolou Mato Grosso do Sul na semana passada. O novo levantamento foi apresentado nesta quarta-feira (21), pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro).
Foram 15 municípios afetados, principalmente na região sul. Conforme a Iagro, mesmo boa parte dos bois mortos terem sido da Zona de Alta Vigilância Sanitária (ZAV), não há quaisquer relação entre a febre aftosa e a mortandade recente.
A diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Galvão Rosa Carrijo, explica, via assessoria de imprensa do governo do Estado, que a agência, por intermédio de suas inspetorias regionais, vem prestando a devida assistência aos produtores que tiveram prejuízos: “Nossas equipes têm visitado as propriedades rurais afetadas e orientado os produtores quanto aos procedimentos de enterrio das reses mortas. Além disso, têm informado aos produtores para observarem os animais que sobreviveram, de forma que prestem assistência médicoveterinária em tempo, caso haja algum sintoma de doenças respiratórias. Enfim, a Iagro tem cumprido bem o seu papel.”
“A maioria dos animais comprometidos são da raça Nelore, com idade entre 8 e 12 meses, ou seja, eram novos, estavam em situação de estresse por estarem recém separados das matrizes. O gado nelore é de origem indiana, estando adaptado a temperaturas tropicais. Há pouca oferta de alimentos, já que estamos na época da seca, e há pouca qualidade dos alimentos, em consequência, os animais estavam sem gordura, sem reservas de energia, sendo assim, vulneráveis a doenças”, continua.
Conforme a Iagro, o gado morto tem que ser enterrado em valas com pelo menos 1,5 metro de profundidade, de preferência em áreas de terrenos elevados, longe de mananciais ou rios. Se possível, a agência orienta ainda que a área seja cercada para evitar que animais silvestres alimentem-se dos restos mortais e espalhem zoonoses.
Contudo, esta não é a primeira vez que isso acontece no Estado. Na década de 1970 houve dois casos parecidos, durante duas grandes geadas.
Não se deve consumir a carne destes animais.
Confira os registros de mortes até o momento
Amambai: 270 animais
Paranhos: 50
Laguna Carapã: 113
Tacuru: 80
Sete Quedas: 30
Coronel Sapucaia: 50
Iguatemi: 120
Eldorado: 200
Naviraí: 170
Juti: 52
Caarapó: 700
Itaquiraí: 267
Antônio João: 300
Ponta Porã: 523
Mundo Novo: 2.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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