Campo Grande está entre as 19 cidades de sete estados e do Distrito Federal que fazem parte de um suposto esquema de fraude de licitações do transporte urbano que estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo a denúncia do G1, entre os documentos que põe em suspeita as licitações estão e-mails trocados entre advogados, empresários e funcionários das prefeituras das cidades citadas que falam sobre uma elaboração de editais para atender interesses das empresas de duas famílias - Constantino e Gulin.
Esses editais deveriam ser feitos pelas prefeituras, são suspeitos de terem sido regidos pelos próprios empresários e advogados meses antes do anúncio de licitação.
Os estados que estão sob suspeita, além do Distrito Federal são: Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Em Campo Grande, no ano de 2012 o Consórcio Guaicurus, ligado à família Constantino, composto, na época, pelas empresas Viação Morena, São Francisco, Jaguar e Viação Campo Grande venceu a licitação para utilizar o valor de R$ 3,4 bilhões por 20 anos podendo, até então, ter prorrogação de mais dez anos.
O processo de licitação é aberto pelas prefeituras para que seja escolhida a empresa de transporte coletivo. Para isso os municípios para por uma assessoria pela empresa Logitrans, empresa em que o pai do advogado Sacha Reck, Garrone Reck era o diretor.
A empresa Logitrans foi contratada para montar o projeto de mobilidade urbana antes da licitação. E por meio de funcionários das prefeituras o edital foi elaborado para garantir a vitória das empresas dos grupos Constatino e Gulin.
Por ser advogado das empresas concorrentes, Sacha Reck e o filho do diretor da empresa teriam elaborado o edital por meio de informações privilegiadas a respeito das licitações, sendo orientado sobre o que deveria constar nos documentos.
Elaborados por advogados ligados ao escritório de advocacia de Curitiba, os tais editais seriam publicados pelas prefeituras envolvidas. Fazia parte da elaboração Sacha Reck e ao menos um engenheiro.
Em agosto de 2012 o Consórcio Guaicurus, ligado à família Constantino, composto, na época, pelas empresas Viação Morena, São Francisco, Jaguar e Viação Campo Grande venceu a licitação para utilizar o valor de R$ 3,4 bilhões por 20 anos podendo, até então, ter prorrogação de mais dez anos.
A reportagem do Capital News tentou contato com o consórcio, porém não fomos atendidos até o final desta matéria.
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