Um consórcio formado por quatro das cinco empresas que já operam o transporte coletivo de Campo Grande e uma empresa de Curitiba (PR) disputam a licitação de R$ 3,2 bilhões pela concessão do serviço por 20 anos – prazo prorrogável por mais dez anos.
O Consórcio Guaicurus é composto pelas empresas Viação Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Viação Campo Grande. “Apenas a [Viação] Serrana não quis participar. Ela foi convidada, mas não quis”, conta o diretor da Jaguar e da Associação das Empresas de Transporte Coletivo (Assetur), João Rezende Filho. A adversária do consórcio é a Auto Viação Redentor.

Diretor da Jaguar, João Rezende Filho aguarda o resultado
Foto: Deurico/Capital News
A abertura dos envelopes com a documentação das empresas foi feita nesta terça-feira (14) na Central de Licitações da Prefeitura de Campo Grande. Esta primeira etapa será a de habilitação e credenciamento.
O processo licitatório dos ônibus tem mais duas etapas: proposta técnica e de preço. Estas duas etapas são vistas como as decisivas.
A expectativa do diretor-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande, Marcelo Amaral, é de que a definição da empresa ou consórcio vencedor ocorra em 40 dias. No entanto, esse prazo poderá ser bem maior, dependendo da quantidade de recursos.

Diretor-presidente da Agência de Regulação, Marcelo Amaral, espera que o vencedor seja conhecido em 40 dias
Foto: Deurico/Capital News
O resultado da primeira etapa, acredita Marcelo Amaral, será divulgado em até quatro dias.
A empresa ou consórcio vencedor terá que investir R$ 40 milhões para começar a operar. Ao longo dos 20 anos, o investimento será de R$ 800 milhões, de acordo com as exigências da concorrência.
Essas empresas começarão a operar com 600 ônibus, todos adaptados com elevador para cadeirante e botoeira em Braille, para deficientes visuais. Hoje, a frota é de 545 veículos, que percorrem 100 mil quilômetros/dia ou 3 milhões de quilômetros/mês, segundo João Resende.
Entre os critérios para a escolha da empresa está a absorção de mão de obra local. Onze empresas retiraram os envelopes com as exigências para a licitação.