José Cláudio Arantes, o “Tio Arantes”, a esposa dele Ana Aparecida Pires da Silva, a filha Viviane Kelin Leite Arantes, a nora Ana Cristina Almeida Fernandes, o genro Antenor Mota de Moraes Neto, Marizete Fernandes Teixeira, Solangia Silva Santos, conhecida como madrinha do PCC, Ricardo de Souza e Kelly Maciel Ribeiro foram presos na manhã de hoje (10) em operação conjunta pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para combater o crime organizado e o narcotráfico em Mato Grosso do Sul. Ao todo foram cumpridos desde às 6h30 nove mandados de prisão e quatro de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados e Eldorado.
Solangia Silva Santos, conhecida como a madrinha do PCC ao chegar na DECO
Foto: Deurico/Capital News
A esposa e a nora de Arantes foram presas no bairro Santa Emilia e no local foram apreendidas duas motos.
De acordo com informações do Gaeco, após aproximadamente três meses de investigações se descobriu um forte esquema de tráfico de entorpecente e de armas tendo como comando integrantes de uma facção criminosa que atuava de dentro do sistema prisional.
Eles serão ouvidos e encaminhados para os presídios de segurança máxima e o feminino. A Justiça deferiu ainda busca e apreensão em quatro residências, dentre elas a de uma advogada que atuava para integrantes da facção. Também foi determinado o bloqueio de 15 contas bancárias que eram utilizadas para movimentação financeira da organização criminosa.
Ainda segundo informações do Gaeco, neste período, foram apreendidos quase uma tonelada de entorpecentes, armas, dinheiro nacional e estrangeiro, veículos, além de mais de dez celulares que eram utilizados para a comunicação entre os criminosos. Também foi possível localizar o foragido conhecido por Playboy, também integrante da mesma facção criminosa, que acabou morto em conflito com a polícia.
Tio Arantes é acusado de liderar a rebelião do dia das Mães no complexo penitenciário de Campo Grande, em 2006. Ele é suspeito de manter de dentro da Colônia Penal Agrícola (CPA) ações criminosas. Arantes cumpria pena em regime semiaberto desde 16 de abril. Ele é considerado um preso de alta periculosidade, principalmente pelo papel de liderança entre os detentos. Ele já chegou ficar preso na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, após o motim do dia 14 de 2006.
A rebelião, que durou 25 horas, ocorreu simultaneamente aos ataques promovidos no mesmo ano pelo PCC em São Paulo, quando policiais foram mortos, unidades da polícia atacadas e 50 presídios tiveram motins.
O detento esteve, também, entre os 12 acusados da morte do advogado William Maksoud, que teria sido obra da facção criminosa, mas não chegou a ir a julgamento.
Arantes ainda tem em seu curriculum uma suposta ligação com o traficante Luiz Fernando Correa da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. O advogado de Beira-Mar é o mesmo de Tio Arante.
Por: Eduardo Penedo - (www.capitalnews.com.br)
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