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Rural Segunda-feira, 27 de Outubro de 2008, 09:16 - A | A

Segunda-feira, 27 de Outubro de 2008, 09h:16 - A | A

Crise econômica atrapalha venda da Cooagri

Da redação (LM)

O superintendente de Negócios e Suporte da Cooagri (Cooperativa Agropecuária e Industrial), Luiz Reinaldo Fleck, reconheceu Crise que a crise internacional tem atrapalhado as negociações que definirão o futuro da cooperativa. Porém, segundo ele, há três propostas firmes e delas deve sair alguma definição nos próximos dias.

De acordo com o superintendente, a proposta de incorporação apresentada no dia 13 por uma grande empresa continua sendo avaliada e está “firme”, independente da crise. Outras duas empresas devem apresentar propostas formais nos próximos dias, segundo ele. E todas “firmes”.

A Cooagri enfrenta problema de liquidez provocada pela dificuldade de obter capital de giro. O problema foi provocado pela crise internacional dos bancos. Por isso, a diretoria da cooperativa tenta uma negociação que pode resultar na sua incorporação por uma grande empresa do agronegócio.

A Cooagri, que foi em 2007 a 12ª maior cooperativa do Brasil, precisa de pelo menos R$ 30 milhões para sair da crise financeira, sendo R$ 10 milhões de imediato. A negociação com as empresas já está sendo conduzida com previsão de um aporte inicial de recursos para resolver o problema de liquidez.

Segundo Fleck, a empresa continua operando normalmente, apenas com redução da jornada em alguns setores, como o comercial e área de apoio. Naturalmente, como é entressafra, já há uma redução natural de jornada de trabalho. “Como estamos em negociação não há porque demitir. A empresa que incorporar a Cooagri precisa da estrutura funcionando”, esclarece.

A negociação de reestruturação da Cooagri está sendo conduzida pelo banco Merrill Lynch, especialista nessa área. A avaliação das empresas está sendo feita juntamente com a diretoria da Cooagri. O dead line (prazo final) estabelecido para o fechamento da negociação era 17 de outubro.

O atraso no fechamento das negociações é em função da crise. De acordo com Fleck, os investidores acabam ficando sem parâmetro para negociar. Mas ele acredita que mesmo assim a negociação deve ser fechada.

A cooperativa ainda deve sementes e outros insumos da safra de soja aos agricultores. Com o passar do tempo, para fechar as negociações, começa a ficar complicado para os produtores esperarem. A maioria já encontrou outros meios para fazer o plantio da soja.

A Cooagri fechou 2007 como a maior cooperativa de Mato Grosso do Sul e a 12ª maior do país em 2007. A cooperativa, que tem sede em Dourados, tem 18 unidades espalhadas pelo centro-sul do Estado. Em 2006, a cooperativa foi a segunda maior empresa de MS, atrás apenas da Enersul. (Diário MS)

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