O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Chico Maia, afirma que é um “caminho perigoso” a criação de um corredor sanitário para a importação de gado paraguaio na região Sul do Estado. Ontem (2) foi realizada uma reunião com o governador André Puccinelli, Acrissul e Sindicato Rural para debater o assunto. Agora as entidades aguardam uma resposta positiva ainda nesta semana à reivindicação feita ao Governo para que o projeto seja revisto.
A idéia do corredor surge da necessidade de fomentar a economia dos municípios da região Sul de MS, mas a Acrissul opina que a medida poderia desequilibrar o mercado local pelos baixos custos de produção do gado paraguaio. “O governador foi franco ao dizer que precisa resolver o problema da região, que é muito obre, mas temos convicção de será buscada uma alternativa ao corredor”, diz Chico Maia.
Outro problema apontado é a questão sanitária. Para o presidente da Acrissul, mesmo o Paraguai apresentando níveis parecidos com o de Mato Grosso do Sul com relação ao controle da febre aftosa, o risco por não se dominar os métodos de prevenção daquele país complicaria a criação do corredor.
O corredor
Na semana passada, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), esclareceu na semana passado que realmente estuda a possibilidade de criar um corredor sanitário na Zona de Alta Vigilância (ZAV) na região de fronteira com o país vizinho, o Paraguai. A consulta sobre a possibilidade de "importação legalizada" de gado em pé da Província do Alto Paraguai para abate no Estado foi feita ao Ministério da Agricultura (MAPA) e também à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que autorizaram, ainda não oficialmente, a criação do corredor.