As chamas que consomem a Serra do Amolar, uma das áreas mais importantes do Pantanal de Corumbá, já duram 12 dias e continuam se espalhando rapidamente. As primeiras imagens de satélite mostravam cerca de 900 hectares atingidos no início da ocorrência, mas os dados mais recentes do Painel do Fogo apontam que o fogo já ultrapassou 20,5 mil hectares, com mais de 70 focos ativos. A propagação, segundo estimativas, alcança 187 hectares por hora.
A força-tarefa conta com 30 brigadistas, divididos entre integrantes da Brigada Alto Pantanal, da Brigada Uberaba Guató Indígena e do Prevfogo/Ibama. O trabalho é coordenado em diferentes frentes, com auxílio de helicóptero e duas aeronaves da Defesa Civil. “Temos um grupo de prevenção na aldeia e outro na linha de frente. O fogo está se aproximando do nosso território, mas seguimos firmes para defender o Pantanal. Somos guardiões desta terra”, disse Matheus Gediel Assunção Além Ferreira, vice-cacique e chefe da Brigada Uberaba TI Guató.
A situação se agrava pelas condições climáticas extremas. Ventos fortes, que passam dos 40 km/h, e temperaturas acima dos 35°C, com sensação térmica superior a 40°C, dificultam o controle das queimadas. A seca intensa também contribui: o solo continua extremamente seco, o que acelera a propagação do fogo.
O incêndio começou em 28 de setembro, em uma morraria de difícil acesso, a quase 900 metros de altitude, o que limita as ações por terra. Desde o início de outubro, a fumaça já se espalha por vastas regiões do Pantanal. Ainda não há previsão para o fim dos trabalhos das equipes, que seguem enfrentando o avanço das chamas dia e noite.
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