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2024 Quarta-feira, 01 de Janeiro de 2025, 12:45 - A | A

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Retrospectiva 2024

Retomada de obras da UFN3 em Três Lagoas reacende esperança para o setor de fertilizantes

Projeto estratégico avança com previsão de operação para 2028, gerando empregos e reduzindo dependência de importação

Vivianne Nunes
Capital News

Retrospectiva 2024

ArquivoMauricio Hallberg Teixeira

Após reunião com Eduardo Riedel e Minsitra Simone Tebet Petrobras retoma obra da UFN-III

Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) em Três Lagoas (MS)

Após quase uma década de paralisação, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) em Três Lagoas deveria ter as bras retomadas em 2024, o que acabou não acontecendo. No entanto, o cronograma de obras já aponta para 2025 as o início das novas atividades. A prefeitura de Três Lagoas se comprometeu a garantir os incentivos necessários para a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3). 

O anúncio foi feito após reunião do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. O encontro contou com a presença da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e outras lideranças, incluindo o secretário estadual de Desenvolvimento, Jaime Verruck, e a diretora-presidente da MSGÁS, Cristiane Schmidt. Com 81% da obra já concluída, o projeto tem como objetivo produzir fertilizantes nitrogenados e fortalecer a autonomia do Brasil no setor agrícola.

A retomada é estratégica para o agronegócio brasileiro, reduzindo a dependência de importações de ureia e amônia e oferecendo maior competitividade aos produtores nacionais. Além disso, estima-se que a obra gere cerca de oito mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local.

Divulgação/Governo Federal

Governador confirma avanço na retomada das obras da UFN3 em reunião com Petrobras

A retomada da UFN3 também tem como objetivo alinhar a produção de fertilizantes para produção Nacional

Estrutura e planejamento

A UFN3 foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, transformando-os em 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia. O projeto, que teve sua construção iniciada em 2011 e paralisada em 2014, representa um investimento total de R$ 3,9 bilhões. Para sua conclusão, a Petrobras já provisionou R$ 3,5 bilhões e está em busca de parceiros estratégicos para operar a planta.

Além do investimento direto, novos projetos de infraestrutura, como a construção de malhas ferroviárias na região, devem potencializar a logística da fábrica. O governador Riedel destacou que esses avanços transformam não apenas Três Lagoas, mas toda a região, impulsionando um ciclo positivo de crescimento econômico.

Apoio local e nacional

A retomada das obras também recebeu apoio das autoridades locais. A prefeitura de Três Lagoas comprometeu-se a conceder incentivos fiscais e agilizar o processo de doação de terrenos necessários para viabilizar o projeto. Segundo o prefeito eleito, Cassiano Maia, as negociações com a Petrobras estão avançadas, e a expectativa é que a unidade esteja operando até 2028.

Para Simone Tebet, a conclusão da UFN3 é um sonho que beneficia tanto o Mato Grosso do Sul quanto o Brasil. "Doei essa área quando era prefeita. Ver esse projeto avançar é uma vitória para nossa região", afirmou a ministra.

Arquivo/Semagro

Petrobras retoma processo de venda da UFN3, em Três Lagoas

Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III em Três Lagoas (UFN3) tem 81% da obra já concluída

Um passo para o futuro

O reinício das obras da UFN3 marca um momento crucial para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul e do agronegócio brasileiro. Além de consolidar o estado como um hub industrial, o projeto amplia as possibilidades de geração de emprego e renda, enquanto fortalece a posição do Brasil no mercado global de fertilizantes.

Com previsão de operação para 2028, a UFN3 promete ser mais que uma planta industrial — será um marco na independência e competitividade do setor agrícola nacional.

 • Saiba mais sobre UFN III

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Floduardo Rodrigues Dória Filho 05/01/2025

Data de início para entrada em operação poderia ser abreviada com implemento de maior efetivo do quadro de contratados e com o reaproveitamento dos empregados remanescentes, por tempo determinado, das fábricas que foram fechadas. Muitos experientes já estão com idade avançada mas, não se furtariam em colaborar por período limitado até os mais novos assumirem as funções definitivamente.

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