O deputado federal e presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, mantém a disposição de concorrer à prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2012.
Nesta manhã, ao conceder entrevista ao programa de rádio Tribuna Livre da FM Capital, o deputado disse estar confiante na possibilidade de reeditar a aliança com PPS e DEM.
Nas eleições do ano passado, as duas siglas se uniram ao PSDB no Bloco Democrático Reformista (BDR) que defendeu a candidatura de José Serra à presidência da República.
As duas legendas também têm pré-candidatos à prefeitura, Athayde Nery pelo PPS e Luiz Henrique Mandetta pelo DEM. “A possibilidade [de aliança] é grande”, avalia Azambuja referindo-se a afinidade entre as legendas.
O PSDB está organizando um movimento chamado “Pensa Campo Grande” com o qual pretende fazer seminários nos bairros da cidade ainda neste ano. “O povo não quer mais votar em candidato que só fala, mas que saiba ouvir a população”, revela.
O deputado cita que os tucanos querem discutir questões práticas diretamente ligadas ao dia-a-dia da população. Ele cita o transporte coletivo urbano.
“Se você fizer uma pesquisa sobre o transporte coletivo verá que a população além de caro o considera de má qualidade”, revelou.
Azambuja que já foi prefeito de Maracaju avalia que o crescimento da Capital, hoje com quase 800 mil habitantes, trouxe demandas a serem resolvidas, tais como a necessidade de aumentar o número de atendimentos nos postos de saúde e a necessidade de melhorias no trânsito.
"Um coisa está definida, o PSDB terá candidato à prefeitura de Campo Grande. É importante dar mais opções para a população", reitera.
Oposição sem discriminação
O deputado duvida que caso seja eleito prefeito de Campo Grande sofra algum tipo de discriminação por parte do governo Dilma Rousseff em razão de pertencer a um partido de oposição.
“Governo nenhum vai retaliar por ser oposição. Hoje, você precisa ter uma administração eficiente. Todo governo é atrativo já que pode nomear pessoas”, diz sobre a possibilidade de atrair partidos aliados ao governo do PT.
Azambuja elogia o papel da oposição ao governo federal. “Dilma tem uma oposição reduzida, mas que mostra os descaminhos”, analisa.
O parlamentar mencionou que é filiado ao PSDB desde 1995 quando começou na política e que não pretende mudar de legenda. “Não se troca de partido igual se troca de camisa”, comenta.
O dirigente reiterou que o PSDB tenta agendar uma vista do senador Aécio Neves (MG) a Capital no mês de novembro. Ele deve ministrar palestra sobre gestão pública, tendo como base sua experiência no governo de Minas Gerais.
Aécio Neves é hoje um dos possíveis pré-candidatos do PSDB à presidência da República.