O pastor Jairo Fernandes, dono do celular que gravou a conversa entre os deputados Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB) em que falavam sobre suposta fraude na folha de ponto dos servidores, afirmou na manhã desta quarta-feira (23) ao Capital News que, diferente do que foi anunciado pela corregedoria da Assembleia, ele não foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o caso. Jairo revelou ainda estreita relação com o corregedor da Casa, Maurício Picarelli (PSDB), responsável por analisar a denúncia.
“Eu não fui chamado. Não recebi nenhuma notificação para ser convocado. Alias, o Picarelli sabe onde eu moro, inclusive almoçou algumas vezes lá. Eu não tenho problema nenhum em esclarecer os fatos, por isso estou aqui”, disse durante passagem pela Assembleia.
O pastor sustentou ainda que está disposto a colaborar e deve comparecer ao depoimento que foi remarcado para esta quinta-feira (24), às 14h30, na Assembleia.
Caso
A Assembleia instaurou procedimento interno para apurar a denúncia envolvendo os deputados Paulo Corrêa e Felipe Orro de suposto esquema para fraudar as folhas de ponto dos funcionários lotados em seus gabinetes na Casa de Leis.
Na conversa, gravada no celular no pastor Jairo Fernandes em 2015, o deputado Paulo Corrêa aparece sugerindo ao colega que elaborasse um ponto fictício para controlar a frequência dos seus funcionários.
A preocupação seria por conta de matérias jornalísticas vinculadas pelo Fantástico, da Rede Globo, que revelavam a existência de funcionários fantasmas lotados nos gabinetes de deputados de vários estados do País. Ele nega a denúncia.