Marquinhos reclama de ‘corte’ no repasse do ICMS e Estado responde

Secretário rebateu o prefeitoio dizendo que ele desconhece a legislação sobre o tema

Flávio Veras
Capital News

Rafael Espíndola/RCN67

Não é de hoje que o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), rompeu com a cúpula tucana de Mato Grosso do Sul. A relação entre ele e o governador Reinaldo Azambuja, que já não vinha muito boa desde o término das Eleições de 2020, teve seu divórcio definitivo após Trad anunciar sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

O preferido de Reinaldo para a disputa, é seu secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Outra cena, do rompimento entre os caciques políticos, foi protagonizada por Trad, em visita a Três Lagoas, no último sábado (19). Ao ser questionado pela reportagem da TVC, emissora de TV local, sobre a perda de arrecadação da Capital nos últimos meses, Marquinhos resolveu voltar sua artilharia ao atual Governo do estado.

“Antes dessa gestão atual, Campo Grande recebia uma fatia do ICMS de 24%, mas hoje recebemos apenas 13%. Uma perda de 11 pontos percentuais. Essa é uma operação que a gente rebate, contesta, mas eles próprios têm autonomia de julgar a distribuição dos seus recursos. O governo do Estado tirou do da Capital, R$ 20 milhões por mês. Uma perda de quase R$ 250 milhões por ano”, enumerou Marquinhos.

Em outro momento, ele ainda acusou o governador Reinaldo de querer fechar totalmente a economia durante toda a pandemia de Covid-19, mas os prefeitos não deixaram. “Os prefeitos não deixaram que isso acontecesse. Era o governo querendo fechar a indústria, o comércio e as empresas no geral. Já as prefeituras, lutando contra”, acusou.

Sobre o rompimento com os tucanos, Marquinhos ainda ressaltou que “negócio político eu não faço, arranjo político não irei fazer”, finalizou.

Em resposta, o secretário de secretário de Estado de Fazenda, Felipe Mattos, argumentou que a declaração do prefeito Marquinhos foi devido ao desconhecimento das regras de rateio do ICMS estipuladas por lei.

Governo de MS/Divulgação

Títular da Sefaz, Felipe Mattos

“Há critérios definidos e transparentes para esse rateio. São critérios definidos por Lei e não pelo Governo do Estado, se o prefeito da Capital não conhece do assunto e acha que o governo retirou dinheiro de Campo Grande, vale a pena ele conhecer um pouco mais, ficou nítido em sua fala o total desconhecimento da matéria. O Município de Campo Grande perdeu índice porque o gestor não teve a competência e preocupação com o desenvolvimento econômico do Município. Enquanto os prefeitos do interior fizeram o dever de casa, ele não fez”, rebateu Mattos.

Neste link você pode acompanhar na íntegra as justificativas do Governo do Estado.