O prefeito Alcides Bernal (PP) entrou com um mandado de segurança para anular a instalação da comissão processante, que foi criada para investigar possíveis irregularidades de seu mandato, que poderiam resultar na sua cassação.
O processo foi protocolado dia 7 de novembro e distribuído no dia seguinte na 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande. O prefeito agora aguarda uma decisão pelo deferimento ou não da ação.
O prefeito explicou ao Capital News, que a intenção do mandado de segurança é questionar a participação de alguns vereadores na votação, que decidiu pela implantação da processante, e na própria comissão, pois antes mesmo do julgamento final do processo, eles já davam declarações à imprensa afirmando que o prefeito não terminaria o mandato, pondo em xeque a imparcialidade dos vereadores.
“O processo já foi distribuído e agora vai ser analisado hoje. É uma medida para impedir que aconteça uma execução sumaria de um mandato constituído democraticamente pelo povo” afirmou o Prefeito.
Para Bernal a comissão processante é uma fraude.
“Essa processante é uma fraude a lei, porque o que estão sendo apontadas denúncias com temas que foram exaustivamente abordados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com relatório encaminhado para Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público Estadual para ser investigado. A processante tratasse de uma repetição de fatos para um objetivo único, que é tentar cassar o meu mandato”.
De acordo com o prefeito, o pedido de afastamento e a comissão processante estão envolvendo questões pessoais de opositores e vereadores.
“Eles tratam dos mesmos temas, várias vezes com intuito único de desgastar um mandato democrático. Então você percebe que esses vereadores não querem trabalhar com imparcialidade. O próprio Edil disse na rádio e em outros veículos de imprensa, que eu não iria terminar meu mandato. O Mário Cesar, Paulo Siufi, Otávio Trad, Chiquinho Teles e Elizeu Dionízio também. Vereadores que são meus adversários declarados. Eles (vereadores) não poderiam votar e participar da processante”, analisou.
Sobre o pedido de afastamento, Bernal afirmou que os dois responsáveis pelo pedido são ex-correligionários, que deixaram o Partido Progressista para apoiar o deputado federal licenciado, Edson Giroto (PR) na corrida municipal.
“Os dois representante são meus adversários políticos, que foram trabalhar na campanha do Giroto. Todas as acusações que partem contra mim vieram do Luiz Pedro e do Raimundo nonato. Tanto que o Advogado que trata da ação da Dona Dilá, trabalha no mesmo escritório do Luiz Pedro. Tem até uma plaquinha com nome dele na frente” comenta.
Bernal afirma que só há duas maneiras de frear a tentativa de golpe da oposição em Campo Grande. O poder judiciário e a imprensa.
“Se não alertarmos a população e o Judiciário não tomar as previdências, teremos um golpe com base em fraudes, crimes cometidos pelos opositores, tirando o atual prefeito porque ele não tem a maioria na Câmara de Vereadores. Só o Poder Judiciário e a Imprensa combatendo as informações forjadas têm como reverter esse crime, que é a comissão processante” avaliou.
“Em dez meses eles me cobram por 30 anos, eles (oposição) contratam algumas figuras públicas, que tentam nos desqualificar. Mas estou chegando de uma andada nas obras dos bairros e a população está falando que está comigo, me apoiando, desacreditando nessas denúncias, que estão observando o que está ocorrendo na cidade”, finalizou o prefeito.

Bernal afirma que vereadores não seriam imparciais ao analisar seu caso
Foto: Deurico/Arquivo CapitalNews