A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, prevista para esta segunda-feira (15), foi cancelada depois que o empresário Antônio Carlos Camilo, apelidado de “Careca do INSS”, informou por meio de sua defesa que não compareceria à sessão.
O anúncio foi feito pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que lamentou a decisão. “Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados”, declarou. A ausência contraria o que havia sido confirmado pela própria defesa no domingo (14).
No sábado (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça havia autorizado, mas não obrigado, a presença do investigado no Congresso, deixando a decisão a cargo dele.
Antônio Carlos Camilo está preso desde a última sexta-feira (12) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de cobranças ilegais de mensalidades associativas, descontadas sem autorização de aposentados e pensionistas do INSS.
A decisão do STF também se estende ao empresário Maurício Camisotti, investigado na mesma operação da PF, cujo depoimento está agendado para quinta-feira (18). A CPMI ainda aguarda confirmação sobre sua presença.
Em nota, a defesa de Camilo explicou que dará prioridade ao depoimento na Polícia Federal, alegando “clima político desfavorável” na comissão e avaliando que sua participação na sessão seria “improdutiva”.