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Política Terça-feira, 18 de Agosto de 2015, 10:44 - A | A

Terça-feira, 18 de Agosto de 2015, 10h:44 - A | A

Novos rumos

Ayache deixa o PT, confirma “cobiça” de outras siglas e não descarta prefeitura de Campo Grande

O presidente da (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) Cassems, Ricardo Ayache anunciou na manhã desta terça-feira (18) a desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT).

Taciane Peres
Capital News

Anderson Ramos / Capital News

Ricardo Ayache

Ayache deixa o PT, confirma “cobiça” de outros partidos e não descarta prefeitura de Campo Grande

O presidente da (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) Cassems, Ricardo Ayache anunciou na manhã desta terça-feira (18) a desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT).

 

Ricardo Ayache foi candidato a Senador por Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no ano de 2014 e obteve uma votação expressiva de 281.022 votos tendo (23.09%) nas urnas. Em coletiva, Ricardo comentou com a imprensa os motivos de sua desfiliação e seu futuro político. “É um momento de decisão muito difícil, mas após um debate muito intenso decidi pela desfiliação. Foram 14 anos de filiação onde fiz muitos amigos, agradeço a todos os militantes principalmente pela votação expressiva na nossa primeira experiência eleitoral, que foi para o senado da república em 2014. Temos que reconhecer os avanços sociais que o PT proporcionou nos últimos anos, mas também é preciso entender e refletir sobre o atual cenário nacional e os princípios e práticas nos últimos anos”. A ausência de grandes reformas estruturais, a crise econômica, crise política, tudo culminou para essa decisão, uma decisão que precisa de coragem e é esse o entendimento que temos neste momento”, diz Ayache.


Desgaste ideológico
Durante a coletiva, Ayache destacou uma certa “incompatibilidade partidária” motivada por um desgaste no âmbito nacional, relacionada a crise econômica e política que o PT enfrenta atualmente. “Eu tenho minha vida profissional pautada no diálogo aberto e franco com todos. Os rumos que a política tomou nos últimos 8 meses, com a perda de conquistas sociais, perda econômica, perda de capacidade de consumo com a sensação clara e evidente que os bens sociais como saúde e educação, transporte coletivo tiveram perdas nos últimos tempos, foram os fatores motivacionais para a tomada dessa decisão. As medidas que estão sendo tomadas são medidas de fundo estruturante, é como se estivéssemos tapando buracos e as grandes reformas não estão sendo propostas. O partido perdeu a capacidade de dialogar com a população nos últimos anos, não posso continuar em um partido que perdeu essa capacidade”, afirma Ricardo.

Anderson Ramos / Capital News

Ricardo Ayache

Ricardo Ayache confirmou o interesse de outros partidos após saída do PT

 

Pretensões políticas
No pronunciamento, Ayache se limitou a dizer que teria intenções de concorrer à vaga de chefe do executivo municipal, porém não descartou a possibilidade caso se filie a outro partido. “Não estou discutindo candidaturas neste momento. Sou um cidadão que participou da disputa no Senado e saiu com a responsabilidade de mais de 281 mil votos em Mato Grosso do Sul é claro que o peso é grande com o futuro do nosso Estado e da nossa cidade, é muito maior. Como gestor sempre procurei honrar essa responsabilidade”.


Cobiça de outros partidos
Com a saída do PT, as especulações e convites de filiação à outros partidos começam a rondar e conduzir o futuro político de Ayache, já que obteve um bom número de votos para o Senado e pode ser um nome de “renovação” no cenário político regional. “Uma série de partidos nos procuraram para uma conversa sobre a possibilidade de mudança. Recebemos convites de muitas siglas, do PSB, PTB, PCdoB, PROS e outras siglas também mas não é o debate que estamos fazendo neste momento. É um momento de reflexão pessoal, não foi uma decisão fácil mas que exige coerência.

 

Deurico/Capital News

Ricardo Ayache

Ayache não descarta prefeitura de Campo Grande mas afirma que não é o foco no momento

Apesar de afirmar que não se filiará a nenhum partido nas próximas semanas, Ricardo Ayache caso queira se candidatar a uma possível pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande deve se atentar ao período da “janela eleitoral”, onde políticos tem um prazo para se filiar a outros partidos no mês de setembro. “Não é minha prioridade nesse momento e isso não pauta a minha vida. 40 dias dentro da política é uma eternidade, temos espaços para conversar e tomar a melhor decisão dentro de um projeto coerente com a minha história de vida política”, analisa Ayache.

 

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