O projeto da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3), paralisado desde 2014 com 81% da estrutura concluída, será dividido em sete etapas para acelerar sua retomada. A informação foi confirmada pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. “A ideia é iniciar a obra no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou o secretário estadual Jaime Verruck.
Com investimento estimado em US$ 800 milhões, a expectativa é de que a execução leve 24 meses, com operação plena prevista para 2028. A fábrica deve produzir 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia por ano, atendendo a 15% do consumo nacional de fertilizantes. Os contratos para retomada ainda serão assinados.
A confirmação veio após uma reunião em São Paulo, durante o Fórum Internacional de Biogás. Segundo Verruck, as empresas interessadas em concluir a obra devem enviar cotações até o dia 30 de novembro. “Foi muito positivo ouvir dela que a UFN3 é prioridade”, disse ele.
Além do impacto nacional, a retomada da UFN3 representa alívio regional. A paralisação da obra, há dez anos, deixou dívidas de R$ 36 milhões com empresários locais. Atualizados, esses passivos já somam cerca de R$ 150 milhões. Mesmo assim, o novo investimento de R$ 3,5 bilhões anima o setor produtivo em Três Lagoas.
A fábrica conta com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Três Lagoas, que prorrogou incentivos para garantir a viabilidade do projeto. “Fiquei bastante satisfeito com o nível de prioridade que ela me passou. Isso demonstra que a Petrobras está tratando a UFN3 como um projeto estratégico”, concluiu Verruck.
Retomada de obras da UFN3 reacende esperança para o setor de fertilizantes e do agronegócio brasileiro
Projeto estratégico avança com previsão de operação para 2028, gerando empregos e reduzindo dependência de importação. O reinício das obras da UFN3 marca um momento crucial para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul e do agronegócio brasileiro.
Além de consolidar o estado como um hub industrial, o projeto amplia as possibilidades de geração de emprego e renda, enquanto fortalece a posição do Brasil no mercado global de fertilizantes.
Com previsão de operação para 2028, a UFN3 promete ser mais que uma planta industrial — será um marco na independência e competitividade do setor agrícola nacional.