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Redução

Redução do gás boliviano pressiona arrecadação e ICMS em Mato Grosso do Sul

Governo estuda alternativas como gás argentino e fluxo invertido

Viviane Freitas
Capital News

O encolhimento das importações de gás natural da Bolívia pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) reduziu drasticamente a arrecadação do ICMS em Mato Grosso do Sul. "Preocupa, com certeza. Nós já estamos trabalhando em alternativas, conversando com as empresas e sobre o fluxo de gás invertido se possível for", disse o governador Eduardo Riedel.

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Eduardo Riedel

A produção boliviana caiu 17% nos últimos anos e deve reduzir ainda mais, com projeções da consultoria Wood Mackenzie indicando que a Bolívia será importadora líquida de gás até 2030. Essa situação já levou o governo a cortar 25% do custeio da máquina pública para compensar a perda de receita, que chegou a R$ 2 milhões por dia em 2024.

Entre as alternativas estudadas, estão o fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) regaseificado do sudeste e a construção de um novo gasoduto da Argentina, via Paraguai, para Mato Grosso do Sul. "Hoje, já temos gás argentino entrando no sistema brasileiro, mesmo sem a participação da Petrobras, o que fortalece ainda mais a possibilidade de uma rota pelo Paraguai", afirmou o secretário Jaime Verruck.

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Jaime Verruck

A Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás) precisa manter a rede estadual competitiva, mesmo com a redução das importações bolivianas. O projeto do gasoduto argentino prevê capacidade de 20 milhões de m³ diários, divididos entre Paraguai e Brasil, aproveitando a estrutura existente do Gasbol.

O impacto da queda das importações afeta diretamente a capacidade do Estado de investir e manter serviços. "A origem e a matéria-prima do gás que nós vamos discutir é muito importante para ter uma matriz energética mais competitiva para indústrias e para o cidadão que usa o gás natural em casa", destacou o governador Riedel.

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