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CPMI recorrerá de decisão do STF sobre depoimento do "Careca do INSS"

Ministro André Mendonça tirou a obrigatoriedade da ida dele e Camisotti ao depoimento

Flávio Veras
Capital News

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta sexta-feira (13) que irá ingressar com mandado de segurança para garantir a presença de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e de Maurício Camisotti nas próximas sessões do colegiado.

A iniciativa ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, decidir que os dois poderiam optar por não comparecer às oitivas da comissão. Para Viana, a medida é “injustificável”, já que ambos estão presos preventivamente desde a última quinta-feira (12), quando a Polícia Federal cumpriu mandados judiciais no âmbito da Operação Cambota.

“Entendemos que é fundamental a presença dos dois investigados, pois eles já haviam se comprometido a comparecer e podem esclarecer rapidamente o que ocorreu. Respeito a decisão do ministro, mas não concordo com a concessão desse direito de ausência”, afirmou o senador.

A Operação Cambota apura fraudes relacionadas à cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização diretamente nos benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Segundo a PF, milhões de beneficiários foram lesados pelo esquema.

Viana ressaltou que o trabalho da CPMI é diferente do realizado pela Polícia Federal e pelo Supremo. “A comissão conduz uma linha investigativa voltada ao serviço público, para compreender como todo esse esquema de desvio da Previdência foi possível. Por isso, defendemos que eles prestem depoimento já nas próximas sessões, na segunda e na quinta-feira”, declarou.

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