O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja monitorado em tempo integral pela Polícia Federal (PF). Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, e a partir da decisão equipes devem permanecer de prontidão no endereço.
A decisão foi tomada às vésperas do julgamento da chamada trama golpista, previsto para a próxima semana na Primeira Turma do STF. Bolsonaro e outros sete réus, identificados como “núcleo crucial” do plano de golpe, estarão no banco dos réus.
Moraes citou na decisão a existência de uma minuta de pedido de asilo político encontrada no celular de Bolsonaro, que levantou dúvidas sobre uma possível fuga. A defesa nega que o ex-presidente tenha cogitado deixar o país. “O monitoramento deve ser constante, garantindo que as medidas cautelares sejam cumpridas e assegurando a efetividade do processo”, escreveu o ministro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio do procurador-geral Paulo Gonet, apoiou o reforço na vigilância, mas ressaltou que o monitoramento deve respeitar a intimidade do ex-presidente. Bolsonaro é acusado de integrar o núcleo que discutia estratégias para invalidar o resultado das urnas em janeiro de 2023, e o julgamento será decisivo para sua situação nos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado.