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CONTESTAÇÃO

Defesa diz que não há uma única prova que ligue Bolsonaro a golpe

Para Vilardi, Bolsonaro foi "dragado" para fatos investigados pela PF

Flávio Veras
Capital News

No segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não existe qualquer prova de sua participação na suposta trama golpista investigada pela Polícia Federal. O advogado Celso Vilardi alegou que Bolsonaro foi “arrastado” para o processo, sustentando que a acusação se baseia apenas em uma delação premiada e em uma minuta encontrada no celular de um colaborador da Justiça.

Segundo Vilardi, o delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não é confiável e apresentou versões contraditórias em seus depoimentos, o que, para a defesa, comprometeria a validade de sua colaboração. O advogado também criticou a falta de tempo para análise das provas, afirmando que a defesa recebeu acesso a um grande volume de documentos em prazo insuficiente.

O julgamento teve início nesta semana e envolve Bolsonaro e outros sete aliados apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte central do plano que teria visado à ruptura institucional. Em fevereiro, a PGR denunciou o ex-presidente e mais 33 pessoas por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

No primeiro dia da análise, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu que Bolsonaro exerceu papel de liderança na articulação golpista, citando reuniões, discursos e ataques ao sistema eleitoral. Entre os exemplos, mencionou falas do ex-presidente em reuniões ministeriais e no 7 de setembro de 2021, quando Bolsonaro declarou que só deixaria o poder “preso, morto ou com vitória”.

• Saiba mais sobre o julgamento de Bolsonaro no STF

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