Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retomou na manhã desta quarta-feira (3) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, acusados de envolvimento na tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022. A sessão começou às 9h17 e deve ouvir os advogados de defesa de Bolsonaro, de Augusto Heleno, de Paulo Sérgio Nogueira e do general Braga Netto.
Na terça-feira (2), o relator Alexandre de Moraes abriu os trabalhos lendo o relatório da ação penal, que reúne todo o histórico do processo. Antes disso, ele reforçou a posição do Supremo diante das pressões políticas. “O STF não cederá a pressões internas ou externas”, afirmou Moraes em discurso que destacou a defesa da soberania nacional e da independência da Justiça.
Também no primeiro dia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos réus. “Não pode haver espaço para impunidade em uma tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, declarou ao iniciar sua sustentação oral.
Na parte da tarde, foram ouvidos os advogados de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. As defesas negaram envolvimento na articulação e pediram a rejeição das acusações. As próximas sessões foram agendadas para os dias 9, 10 e 12 de setembro.
Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, o núcleo julgado nesta fase inclui oito nomes: Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid. A fase de votação deve ocorrer apenas nas próximas etapas e, em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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Primeira Turma do STF - julgamento da AP 2668 (Núcleo 1) - 3/9/2025