O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), oficializou nesta sexta-feira (12) o rompimento com o PT ao exonerar cinco ocupantes de cargos de confiança ligados ao partido. As demissões foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (12) e atingem subsecretarias, secretaria-executiva e diretoria de autarquia, encerrando uma aliança que durou um ano e oito meses.
Entre os desligados estão o subsecretário de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos da Silva; a subsecretária de Igualdade Racial, Vania Lucia Baptista Duarte; e a subsecretária de Políticas para Pessoas Idosas, Zirleide Silva Barbosa. Também deixaram os cargos Humberto de Mello Pereira, secretário-executivo da Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, e Marcos Roberto Carvalho de Melo, diretor-executivo da Agraer.
Os substitutos foram nomeados no mesmo Diário Oficial. Mikaella Lima Lopes assumirá a Subsecretaria LGBTQIA+; Deividson de Deus Silva ficará na Igualdade Racial; e Larissa Diniz Paraguassu, na área de Pessoas Idosas. Já a Agricultura Familiar e Povos Originários terá como nova titular Karça Bethania Ledesma de Nadai. Apenas a diretoria da Agraer permanece sem definição.
Ruptura anunciada
O afastamento do PT já vinha se desenhando desde agosto, quando Riedel criticou a decisão judicial que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chamando a medida de “excesso judicial”. O posicionamento acentuou o desgaste com o partido, que esperava maior alinhamento do governador com o presidente Lula e o deputado federal Vander Loubet.
Antes mesmo da publicação das exonerações, Riedel se reuniu pessoalmente com os indicados para comunicar a decisão. A relação já estava fragilizada desde o dia 26 de agosto, quando, após reunião na Governadoria, o PT entregou formalmente os cargos que ocupava.
Desde o início do ano, o governador vinha se aproximando de pautas mais à direita. Em maio, defendeu em redes sociais a concessão de anistia parcial aos réus do 8 de janeiro, de acordo com a gravidade das condutas.
Com as exonerações desta sexta, o PT deixa oficialmente o governo, marcando o fim da participação petista na gestão estadual de Riedel.