O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para assumir a presidência do Banco Central, substituindo Roberto Campos Neto. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ressaltou que a indicação de Galípolo ainda precisa ser aprovada pelo Senado. “Vamos acertar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a melhor data para a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)”, afirmou Haddad.
Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do BC, foi confirmado em julho como integrante da instituição após ser sabatinado pela CAE. Sua nomeação marca uma nova fase para o Banco Central, que, sob a gestão de Campos Neto, vivenciou a implementação da autonomia da instituição. "A mudança de comando no BC ocorre em meio a discussões sobre a autonomia financeira e orçamentária da instituição no Congresso Nacional", destacou Haddad.
Além disso, segundo informações da Agência Senado, tramita no Senado uma proposta de emenda constitucional (PEC 65/2023) que amplia a autonomia do BC, enquanto na Câmara dos Deputados, o PLP 19/2023, de autoria de Guilherme Boulos, propõe a revogação dessa autonomia. Essas discussões refletem o debate em torno da independência do Banco Central em relação ao Executivo.