A arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) cresceu 12,3% no primeiro quadrimestre de 2025 e se consolidou como a principal fonte de fôlego das finanças públicas de Campo Grande. Enquanto o repasse do ICMS do Estado teve desempenho abaixo da inflação, o ISS injetou R$ 224,8 milhões nos cofres da prefeitura — R$ 24,7 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Esse desempenho reflete a estratégia da atual gestão em reforçar a fiscalização e ampliar a base contributiva. Desde 2023, a Prefeitura contratou cerca de 60 auditores fiscais, intensificou o recadastramento de prestadores de serviço e adotou cruzamentos de dados com notificações automáticas. O resultado, segundo relatório fiscal, é um salto de 84,5% no ISS ao comparar os últimos 12 meses com o início da gestão Adriane Lopes.
Outros tributos também apresentaram variações. O IPTU, principal receita do município, cresceu apenas 2,24% no quadrimestre, somando R$ 365,9 milhões, e acumula recuo de 0,6% na comparação anual. Já o ITBI, ligado à venda de imóveis, teve alta de 20,4%, alcançando R$ 36,9 milhões. O ICMS, por sua vez, teve leve crescimento nominal de 1,4% e segue abaixo da inflação, apesar de Campo Grande ter ampliado sua participação de 11,9% para 12,2% no rateio estadual.
A estimativa da Secretaria de Finanças é que o ISS alcance R$ 825 milhões até dezembro, sustentado por ações como novos convênios com a Receita Federal, auditorias ampliadas e digitalização dos processos. Com isso, o Plano de Diretrizes Orçamentárias para 2026 já projeta aumento de 12% na arrecadação total, apoiado no crescimento do setor de serviços e no fortalecimento da estrutura fiscal da Capital.