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Polícia Sexta-feira, 06 de Setembro de 2019, 08:34 - A | A

Sexta-feira, 06 de Setembro de 2019, 08h:34 - A | A

Investigação

Corpo de servidora foi incinerado

Reconstituição foi realizada nesta quinta-feira (5) em Porto Murtinho

Elaine Silva
Capital News

Reprodução/Facebook

Corpo de servidora foi incinerado

Nathália Alves Corrêa Baptista

 

A reconstituição do desaparecimento da servidora publica Nathália Alves Corrêa Baptista, 27 anos, realizadas em conjunto pela Delegacia da Polícia Civil de Porto Murtinho e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH), nesta quinta-feira (5), com base nas declarações de uma das suspeitas do crime, Regiane Marcondes Machado, 33 anos, que acabou confessando parcialmente seu envolvimento e dando alguns detalhes da morte.

Conforme a investigação a vítima foi vista pela última vez por volta das 20h30 do dia 15 de junho, na casa de uma amiga, para a qual teria dito que iria em uma pousada de Porto Murtinho, encontrar com José Romero, 37 anos, com quem mantinha um relacionamento. Depois disso, como Nathália não retornou para casa, a família procurou a polícia para denunciar o desaparecimento.

Reprodução/Facebook

Corpo de servidora foi incinerado

Regiane Marcondes Machado

Regiane, conforme a assessoria da Polícia Civil, também mantinha um relacionamento com José, as duas haviam se desentendido meses antes e que no dia em que Nathália desapareceu, ela foi chamada na pousada pelo amante, que era administrador do local, onde já teria encontrado a vítima sem vida.

 

A acusada afirma que para e proteger o amante, ajudou no transporte do corpo para uma residência do Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Porto Murtinho, onde foi incinerado, pelo casal, sob forte combustão e por várias horas.  As cinzas mortuárias da vítima teriam sido armazenadas em sacos e vasilhames e em seguida jogadas no rio Paraguai, na tentativa de ocultar o crime. O local onde o corpo foi queimado foi concretado, com a construção de uma pequena área de lazer.

Durante a reprodução simulada realizada pelos delegados Márcio Shiro Obara, da DEH e João Cléber Dorneles, da DP de Porto Murtinho, responsáveis pelo caso, o concreto foi quebrado e peneirado pelos peritos criminais, que localizaram alguns vestígios que podem ser restos mortais de Nathália.

Divulgação/Polícia Civil

Corpo de servidora foi incinerado

Local onde o corpo teria sido incendiado

Conforme os delegados, Regiane confessa somente parte do crime, alegando que apenas ajudou no transporte do corpo e na incineração, que segundo ela teve participação de José, o qual aponta como o responsável pela morte de Nathália. Porém, a Polícia Civil não descarta o envolvimento da acusada na morte da vítima.

Ainda conforme os delegados Shiro Obara e João Cléber, o suspeito José Romero, preliminarmente, nega qualquer envolvimento no crime, atribuindo morte e ocultação de cadáver à Regiane, que teria sido auxiliada por um terceiro desconhecido.

Diante dos fatos, Regiane que já estava presa temporariamente, por suspeita de envolvimento no sumiço e morte de Nathália, foi indiciada por destruição, subtração e ocultação de cadáver. O suspeito José Romero, também teve a prisão temporária decretada e segue preso, à disposição da Justiça.

Reprodução/Facebook

Corpo de servidora foi incinerado

José Romero


Os vestígios coletados nesta quinta-feira serão encaminhados ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal de Mato Grosso do Sul (IMOL) e ao Laboratório de Análises Laboratoriais Forenses, em Campo Grande, onde serão periciados. Caso só deve ser concluído quando os laudos periciais estiverem prontos e, após a realização de novas diligências, uma vez que não está descartado o envolvimento de outras pessoas no crime.

Álbum de fotos

Divulgação/Polícia Civil

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Divulgação/Polícia Civil

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