Em 2024, operações de fiscalização em cidades como Campo Grande e Três Lagoas resultaram na apreensão de mais de 2.600 cigarros eletrônicos e 700 essências de jovens e adolescentes. Esses produtos, que contêm substâncias prejudiciais como nicotina, metais pesados e compostos cancerígenos, são proibidos no Brasil desde 2009, tanto em termos de importação quanto comercialização.
As apreensões fazem parte de uma série de ações realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SED). O objetivo é combater o uso crescente de cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens, que têm adotado esses dispositivos de forma preocupante.
De acordo com a Anvisa, 14,9% dos jovens de 18 a 24 anos em Mato Grosso do Sul utilizam cigarros eletrônicos. Apesar de muitas vezes serem vistos como uma alternativa "menos prejudicial" ao cigarro convencional, esses dispositivos têm causado sérios problemas de saúde, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), infartos, AVCs, câncer e dependência severa de nicotina.
Em resposta a essa situação, a SES, em parceria com a SED e outras entidades, intensificou ações de fiscalização e educação preventiva. As operações têm sido realizadas em várias cidades, com o objetivo de dificultar o acesso aos produtos e alertar a população sobre os riscos à saúde associados ao uso do cigarro eletrônico.
Além da fiscalização, a SES também iniciou campanhas nas escolas da Rede Estadual de Ensino, promovendo palestras informativas sobre os malefícios do cigarro eletrônico. Ações como essas, junto com capacitações para profissionais da saúde e forças de segurança, buscam aumentar a conscientização e a eficácia das operações. A SES também disponibilizou canais para denúncias anônimas, como o 136 (Ouvidoria do SUS) e o 151 (Procon), para combater a comercialização ilegal dos dispositivos.