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Judiciário Sábado, 28 de Junho de 2025, 14:58 - A | A

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Dourados

TJMS extingue penas de envolvidos na Operação Uragano por prescrição

Decisão unânime livra ex-vereadores e ex-secretários de Dourados acusados de corrupção em escândalo de 2010

Elaine Oliveira
Capital News

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) decidiu, por unanimidade, decretar a extinção da punibilidade de seis acusados de corrupção investigados na Operação Uragano, deflagrada em setembro de 2010 no município de Dourados. A decisão se baseia na prescrição da pretensão punitiva, ou seja, o tempo legal para punição já havia expirado.

Com isso, foram beneficiados os ex-vereadores José Carlos de Souza, o Zezinho da Farmácia, José Carlos Cimatti Pereira (ex-presidente da Câmara) e Dirceu Aparecido Longhi, além dos ex-secretários Dilson Deguti Vieira (adjunto de Saúde), Darci Caldo (Governo), e Selmo Marques de Oliveira, servidor do controle externo do TCE.

A decisão anula as sentenças impostas pelo juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 3ª Vara Criminal de Dourados, que havia condenado os réus a penas de quatro a onze anos de prisão, além do pagamento de multas em dias/multa. Entre as penas, a mais severa era a de Dilson Degutti, condenado a 11 anos e seis meses de reclusão, além de 281 dias/multa.

A Operação Uragano ficou conhecida nacionalmente por revelar um esquema de mensalinho na Câmara de Vereadores de Dourados, que teria como objetivo beneficiar o então prefeito Ari Artuzi (já falecido). À época, 28 pessoas foram presas pela Polícia Federal, incluindo o prefeito, nove vereadores e quatro secretários municipais.

Com o reconhecimento da prescrição, os réus não poderão mais ser punidos pelos crimes atribuídos na denúncia do Ministério Público Federal, pondo fim a um dos mais emblemáticos escândalos de corrupção da história política de Dourados.

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