Onze integrantes de uma facção criminosa foram condenados pela Justiça após a investigação da Operação Planilhas, deflagrada em 2020 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A ação revelou a existência de uma estrutura hierarquizada e armada, voltada para a prática de tráfico de drogas, homicídios e roubos. Ao todo, as penas dos condenados somam 56 anos de prisão.
De acordo com a decisão, a Justiça acolheu integralmente a denúncia apresentada pelo MPMS, reconhecendo a materialidade e autoria dos crimes com base em interceptações telefônicas e no material apreendido durante as investigações. A sentença também destacou que o crime de organização criminosa se configura mesmo sem a prática concreta de outros crimes, desde que haja “contrato de sociedade” entre os membros.
Seis dos acusados foram sentenciados a 6 anos, 10 meses e 14 dias de reclusão, em regime fechado, por organização criminosa armada com exercício de função de comando. Outros três foram condenados por participação na organização sem exercer liderança, com penas que variam de:
5 anos, 8 meses e 6 dias de reclusão, em regime fechado
4 anos, 2 meses e 22 dias, em regime semiaberto
3 anos e 6 meses, em regime aberto
As defesas não apresentaram provas suficientes para anular ou enfraquecer as acusações feitas pelo Ministério Público. A Justiça considerou contundentes os elementos apresentados, incluindo gravações telefônicas e documentos que confirmaram o vínculo dos réus com a facção.
O MPMS celebrou o resultado como mais um avanço no combate ao crime organizado. Segundo o órgão, a operação e as condenações representam um marco na repressão a facções criminosas em Mato Grosso do Sul, demonstrando a efetividade do trabalho integrado de investigação e denúncia.