Depois de várias tentativas frustradas, Francisco Cezário de Oliveira obteve uma liminar na Justiça que pode abrir caminho para seu retorno à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). O dirigente, que comandou a entidade por quase três décadas, foi destituído do cargo após denúncias de corrupção reveladas em maio de 2024 na Operação Cartão Vermelho.
A decisão é do juiz substituto Tito Gabriel Cosato Barreiro, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, que considerou irregular a assembleia geral extraordinária de 14 de outubro de 2024, responsável pela retirada formal de Cezário do comando da federação.
Segundo o magistrado, houve inconsistência na base documental utilizada para o pedido de destituição. “Deve ser acolhido o pedido formulado pelo autor, posto não ter sido instaurado o processo administrativo e, principalmente, não ter sido assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório”, destacou Barreiro na decisão.
Rodrigo Moreira/FFMS
Representantes dos clubes e ligas participaram da Assembleia Geral Extraordinária, em Campo Grande que afastou o Ex-presidente Francisco Cezário
Apesar da liminar, o juiz substituto Tito Gabriel Cosato Barreiro, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, deixou claro que o ex-dirigente Francisco Cezário continua afastado por determinação no seu processo criminal em que ele é réu. Assim, apenas o juiz do caso penal pode autorizar seu retorno efetivo à entidade. Além disso, o ex-dirigente segue suspenso pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o que impede, por ora, sua atuação na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.
Eleição na FFMS
Após o afastaamento oficial do ex-presidente Francisco Cezário, foi realizado em abril deste ano, depois de 27 anos, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) realizou uma eleição com mais de um candidato. Estêvão Petrallás foi eleito presidente com 48 votos, derrotando André Baird que teve 39 votos.
Entenda o caso
O ex-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) Francisco Cezário, foi preso no dia 21 de Abril de 2024 em Campo Grande durante operação Cartão Vermelho do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o desvio de R$ 10 milhões da Federação.
Duas semanas após a prisão de Cezário, o Gaeco concluiu a investigação sobre os desvios na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. Os promotores Gerson Eduardo de Araújo, Tiago Di Giulio Freire, Moisés Casarotto e Antenor Ferreira de Rezende Neto apresentaram a denúncia contra Cezário e os 11 nomes mencionados.
O Gaeco quer que Cezário seja punido por cinco crimes: liderar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O ex-dirigente é acusado de desviar R$ 10 milhões da federação e de esconder R$ 800 mil em espécie em casa.
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