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Justiça Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025, 19:15 - A | A

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3ª Promotoria de Justiça de Coxim

Homem é condenado a 13 anos por feminicídio de esposa em fazenda

Júri em Coxim reconheceu crime em contexto de violência doméstica após 15 horas de julgamento

Elaine Oliveira
Capital News

Após 15 horas de julgamento, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Coxim, garantiu a condenação de L.A. de F., de 60 anos, pelo feminicídio da esposa, D. de J. A. F., ocorrido em novembro de 2023, em uma fazenda localizada em Alcinópolis (MS).

A sessão do Tribunal do Júri começou às 9h21 e foi encerrada por volta de 0h35 da madrugada de sexta-feira (31), após um dia inteiro de debates e oitiva de testemunhas.

O réu foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado, além de 1 ano de detenção e 30 dias-multa por posse irregular de arma de fogo e munições, conforme o Estatuto do Desarmamento. O júri reconheceu que o crime foi cometido em contexto de violência doméstica e familiar, configurando feminicídio, conforme o artigo 121, §2º, inciso VI, do Código Penal.

Durante a sessão, o Promotor de Justiça Victor Leonardo de Miranda Taveira sustentou a tese de homicídio doloso qualificado pelo feminicídio, enfatizando o caráter brutal do crime e a vulnerabilidade da vítima. Ele também refutou as tentativas da defesa de desclassificar o crime para homicídio culposo, destacando que houve dolo e motivação baseada na violência doméstica.

O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, acolheu integralmente a tese do MPMS, rejeitando os argumentos da defesa. Na sentença, o Juiz Bruno Palhano Gonçalves ressaltou a culpabilidade acentuada do réu, que agiu de forma “fria, consciente e desproporcional”, sem dar à vítima qualquer chance de defesa. O magistrado também determinou a perda das armas apreendidas e a manutenção da prisão domiciliar até decisão final do Tribunal de Justiça.

O julgamento contou com o depoimento de sete testemunhas e foi acompanhado por familiares da vítima e moradores da comunidade, que se emocionaram com o veredito.

Com a decisão, o MPMS reafirmou o compromisso com o combate à violência de gênero e à impunidade em casos de feminicídio.

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