O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, de Sidrolândia, recebeu recursos de sete réus condenados por desvio de cerca de R$ 20 milhões em contratos fraudulentos na prefeitura. Entre os acusados estão empresários e servidores denunciados na primeira fase da Operação Tromper, em maio de 2023, por envolvimento no esquema liderado por Claudinho Serra (PSDB).
A sentença, proferida em 8 de agosto deste ano, resultou em penas que somam mais de 111 anos de prisão, além do ressarcimento de R$ 349.953,02 aos cofres públicos, com juros e correção monetária. O empresário Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, recebeu a maior condenação: 37 anos, 10 meses e 8 dias de prisão. Ricardo José Rocamora Alves foi sentenciado a 28 anos, 3 meses e 20 dias, enquanto outros empresários e servidores tiveram penas que variam entre 4 e 15 anos.
Todos os réus apresentaram recursos, e o magistrado considerou que atendem aos critérios de admissibilidade. “Cumpridas as determinações acima, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, para apreciação e julgamento dos recursos“, determinou. Isso significa que o caso seguirá para análise pelos desembargadores do TJMS, em uma das três Câmaras Criminais.
Segundo os investigadores do Gaeco e Gecoc, o grupo criminoso atuava desde 2017, manipulando licitações e criando empresas de fachada para desviar recursos da prefeitura de Sidrolândia, cidade de 60 mil habitantes. Claudinho Serra, ex-vereador e ex-secretário municipal da Fazenda, envolveu a família no esquema, recebendo propinas por meio deles. “O alvo eram os cofres públicos e todos os que colaboravam com o esquema”, disse um dos promotores envolvidos na operação.
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