O vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), completou dois meses de prisão nesta terça-feira (5), após ser alvo da 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A investigação apura um esquema de corrupção supostamente chefiado pelo político, quando atuava como secretário de Finanças em Sidrolândia.
Na mesma ação, também foram presos o assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia, da GC Obras. Nesta fase, eles e outras 11 pessoas se tornaram réus por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Esta é a prisão mais longa de Serra. No ano passado, na 3ª fase da Tromper, ele foi apontado como líder do esquema que teria desviado milhões dos cofres públicos de Sidrolândia. Na ocasião, permaneceu 23 dias preso e foi liberado com uso de tornozeleira eletrônica — equipamento que ainda utilizava quando foi detido novamente este ano.
Atualmente, o político aguarda o julgamento de um recurso chamado embargos de declaração, apresentado por seu advogado Tiago Bunning para tentar reverter a decisão que negou o pedido de habeas corpus. O caso está sob relatoria do desembargador José Ale Ahmad Netto, da 2ª Câmara Criminal do TJMS.
Além deles, o empresário Ueverton da Silva Macedo, o Frescura, acusado de controlar empresas de fachada para vencer licitações no esquema, também permanece preso. Ele está atrás das grades desde outubro do ano passado e já foi condenado a três anos e meio de reclusão por obstrução da Justiça, ao esconder em um bunker um celular para evitar apreensão pelo Gaeco.