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Opinião Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025, 19:15 - A | A

Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025, 19h:15 - A | A

Opinião

Mãe: A Luz de Agosto

Por Wanderson R. Monteiro*

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O mês de agosto é um mês de que eu particularmente gosto: é um mês de dias claros, sol quente e céu azul durante o dia, céu estrelado à noite. Mesmo sendo um período seco, é um mês de que eu particularmente gosto. Mas em agosto não tem somente o estilo de dias de que eu gosto: em agosto também tem o dia de comemoração pelo nascimento de uma das pessoas mais importantes da minha vida. Em agosto celebramos o aniversário da pessoa que me trouxe à vida, que me gerou e me trouxe à existência: em agosto, com seus dias e noites claros, celebro o aniversário da senhora, minha mãe, celebro a vida daquela que me deu à luz, a pessoa que me trouxe ao mundo.

Neste 11 de agosto, quero celebrar mais do que apenas o dia do seu nascimento, mais do que mais um ano de vida — quero homenagear a grandeza da sua história. Neste aniversário, quero que saiba que a vida da senhora é uma grande bênção para todos nós, para todos que a conhecem. Oro a Deus para que os seus dias de vida sejam longos e muito felizes, debaixo da proteção, do cuidado e das bênçãos de Deus.

Neste dia 11, não celebro apenas mais um ano da sua vida. Celebro toda a sua história: uma história silenciosa, mas completamente cheia de grandeza. Uma história que moldou o caráter do filho e da filha que a senhora teve, criou e cuidou. Filhos que hoje, também já com seus filhos, entendem e compreendem toda a dificuldade e trabalho que a senhora e nosso pai tiveram em nossa criação — criação essa que não se deu nos momentos mais favoráveis de nosso país, trazendo dificuldades e problemas que a senhora foi forte para superar.

A senhora cresceu na roça, no cuidado e trato dos animais. Conheceu o sofrimento antes mesmo de entender o que era descanso. É esposa do lar, uma mãe espetacular, mas, antes disso, foi mulher do campo, que se esforçava na roça, e que continuou se esforçando mesmo depois de casada e de ter os dois filhos. Mesmo doente, mesmo com a saúde frágil, fraca, demorou para tomar a atitude de parar, de descansar. A necessidade falava mais alto, e a senhora ouvia. E, ao ouvir, sempre buscou ajudar nosso pai em nosso sustento e criação. Além disso, por muitos anos, a senhora também cuidou de nosso avô, o que aumentava ainda mais os trabalhos, as preocupações e as dificuldades. Mas ali também ficou um grande exemplo que não foi, e não será, esquecido nem por mim nem por minha irmã: o cuidado com os pais.

Hoje, sendo pai, eu entendo. Entendo o que era trabalhar com dor, abrir mão de si mesma, sorrir com o corpo cansado, dividir o pão, conter o choro, abrir mão da própria vontade na grande maioria das vezes. Hoje eu entendo o que é se doar inteira, mesmo quando ninguém percebe. Entendo que a senhora foi uma mulher forte, uma heroína sem capa, uma educadora sem escola, uma mulher comum com uma força fora do comum.

Mesmo com todas as dificuldades, a senhora, juntamente com meu pai, decidiram que vocês iriam se esforçar para que eu e minha irmã tivéssemos a oportunidade de ir para a escola e estudar, coisa que a vida e os afazeres não permitiram que vocês fizessem. E, mesmo com muito esforço, vocês conseguiram que isso fosse possível: que nós tivéssemos a oportunidade que vocês não tiveram. E nós agradecemos por isso.

Hoje, cada noite mal dormida, cada medo, cada preocupação, cada esforço por proteger, educar, guiar e ensinar meu filho, me levam até os momentos difíceis que a senhora e meu pai passaram, na luta de vocês para cuidar, proteger e ensinar a mim e à minha irmã. E, para ser sincero, hoje sinto vergonha por não ter enxergado essas coisas antes. Hoje, quando vejo meu filho correr, rir e chorar, eu penso imediatamente na senhora e no meu pai, e em todo o cuidado que vocês tiveram comigo e com minha irmã.

Mãe, hoje eu enxergo. E me dói saber que, em muitos momentos, não vi tudo o que a senhora passou para cuidar de seus dois filhos. Se hoje existem dificuldades, é certo que, há trinta anos, era muito mais difícil. E, mesmo com todas as dificuldades, vocês sempre se esforçaram para nos dar o melhor. E, com isso, eu só tenho que lhes agradecer. Pois nunca saberei, ou poderei, retribuir tudo aquilo que vocês fizeram por nós.

E, nessa data especial, quero te dar os parabéns e desejar um feliz aniversário para a senhora. Quero pedir a Deus para que lhe dê mais muitos anos de vida, para que possamos desfrutar cada dia ao seu lado. Neste aniversário, peço a Deus que lhe conceda saúde, paz e tudo de bom que a senhora desejar. Que Deus a abençoe com toda sorte de bênçãos.

E, além disso, quero te dizer que nós amamos muito a senhora e queremos ainda compartilhar muitos e muitos anos ao lado da senhora e de nosso pai.
Feliz aniversário, mãe. Te amo! Nós te amamos!

Que Deus a abençoe sempre!

Para Eva de Lourdes Pereira Monteiro.


*Wanderson R. Monteiro
Autor de São Sebastião do Anta – MG.
Dr. Honoris Causa em Literatura e Dr. Honoris Causa em Jornalismo.
Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia.
Psicanalista em formação.
Acadêmico correspondente da FEBACLA. Acadêmico fundador da AHBLA. Acadêmico imortal da AINTE.
Autor dos livros Cosmovisão em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade, Crônicas de Uma Sociedade em Crise, Atormentai os Meus Filhos, e da série Meditações de Um Lavrador, composta por 7 livros.
Autor de 10 livros.
Vencedor de 4 prêmios literários. Coautor de 15 livros e 4 revistas.
(São Sebastião do Anta – MG)

 

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