Teve início na manhã de ontem a retirada de pneus inservíveis que estão estocados no Estádio Douradão por falta de lugar apropriado em Dourados. A retirada é feita por uma empresa de reciclagem de Goiânia. A carga levará várias semanas para ser totalmente retirada conforme a diretora do Instituto de Meio Ambiente (IMAN), Maria Aparecida de Oliveira.
O produto será reaproveitado na fabricação de cimento e também na pavimentação asfáltica em outros estados. Informações dão conta de que serão necessárias 48 carretas para a retirada de 150.000 pneus inservíveis recolhidos ou entregues pelas borracharias ao longo dos últimos três anos.
A cobrança de ICMS por parte do Estado estaria inviabilizando o transporte, entrave que já foi solucionado com a isenção da Secretaria de Fazenda, dado ao perigo que os pneus representam para a saúde pública, já que Dourados enfrenta epidemia de dengue, conforme lembra a diretora do Iman.
Além do perigo da dengue e de prejudicar o meio ambiente os pneus velhos também vinham representando risco de incêndio. O estoque no estádio foi uma das principais causas para que uma vistoria do Corpo de Bombeiros interditasse o Estádio Frédis Saldivar, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).
A retirada dos pneus também significa um verdadeiro alívio aos moradores dos bairros que circundam o Estádio Douradão, como o Izidro Pedroso, Terra Roxa, Parque Nova Dourados e até mesmo o Centro Administrativo Municipal (CAM).
O estádio está impossibilitado de sediar jogos oficiais e foi também excluído de sediar a partida entre Santos e Naviraiense pela Copa do Brasil que acontece nesta quarta-feira no Morenão. Muitos destes pneus chegam com água ou algum tipo de umidade. Eles são empilhados em um local não apropriado e se tornam um grande risco de proliferação em grande escala do mosquito aedes aegypt, transmissor da dengue.
Outras partes do Estádio também vêm representando perigo, como os fossos e os túneis que dão acesso ao campo. Constantemente uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde tem feito a borrifação no local. (Dourados Agora)