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Esporte Segunda-feira, 25 de Junho de 2012, 19:15 - A | A

Segunda-feira, 25 de Junho de 2012, 19h:15 - A | A

"Maior campeão de Mato Grosso do Sul, Operário poderá ser extinto", afirma Toni Vieira

Paulo Fernandes - Capital News (www.capitalnews.com.br)
Capital News

O presidente do Operário, Antonio Vieira, afirmou nesta segunda-feira (25) que o time corre o risco de ser extinto. Toni Vieira culpa a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) pela crise enfrentada pelo Galo. Segundo o dirigente, falta organização no futebol sul-mato-grossense, não há calendário com jogos o ano todo e a federação cobra taxas “absurdas” dos clubes.

Mesmo com parte do pagamento realizado, leilão da Poliesportiva do Operário  está mantido | Notícias de Campo Grande e MS - Capital News

 Para o presidente do Operário, ninguém mais, além dos torcedores, tem interesse em manter o time, que é o maior detentor de títulos de Mato Grosso do Sul.

Ele também reclama da falta de apoio e lembra que os times que mais tem se destacado no Estado são patrocinados por prefeituras, o que não acontece com o Operário. “As pessoas não querem mais saber. Ninguém deu suporte ao time. Eu já ergui meu mastro. O futebol de Mato Grosso do Sul, eu vomito”, disse Toni ao site Capital News.

O Galo, que viveu seus momentos de glória na década de 70, possui 14 títulos de campeão estadual, quatro deles antes da divisão do então Mato Grosso. Operário e Comercial são os únicos times em todo o Brasil a serem campeões por dois estados.

Em 1977, o Operário se classificou para o Brasileirão - campeonato em que terminou na terceira colocação. O time tinha como destaques o técnico Castilho e o goleiro Manga. Na década seguinte, em 1982, o time conquistou seu primeiro título internacional: a President Cup, vencendo o Bayern de Munique na finalíssima. O torneio foi disputado na Coréia do Sul e para muitos é o maior título do clube. Outro título importante foi o de campeão do módulo branco da Copa União em 1987.

Um ano sem jogos - O último jogo do Operário foi contra o MS Saad, na despedida do estadual de 2011, em maio daquele ano.
Atolado em dívidas, o Galo perdeu todos os seus bens em ações trabalhistas e até mesmo a sua marca. Primeiro deu adeus a sede social, na Avenida Bandeirantes; e mais recentemente, em abril, foi leiloada a Poliesportiva (sede campo).

Avaliada em R$ 1,8 milhão, a Poliesportiva foi leiloada por R$ 720 mil. A propriedade de 50 mil m² tinha dois campos de futebol, duas quadras de futsal, três salões e uma piscina.

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