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Economia Sábado, 24 de Outubro de 2009, 08:30 - A | A

Sábado, 24 de Outubro de 2009, 08h:30 - A | A

Lista de produtos argentinos com licença no país é reduzida

Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

O governo brasileiro aumentou a pressão sobre os produtos argentinos que entram no Brasil. Esta semana, os operadores que têm acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) informaram que pneus, peixes, geleias, doces, uvas passas e ameixas secas perderam a licença automática, juntando-se à farinha e pré-mistura de trigo, vinhos, alho, azeite, azeitonas e rações para animais.

Segundo o site Valor Econômico, a medida de devolver na mesma moeda o que a Argentina vem fazendo, foi decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O site informou ainda que tentou falar com representantes do governo, porém nenhum quer comentar a medida.

Não há uma lista pública de produtos argentinos cuja entrada está sendo dificultada pelo governo. Apenas os pedidos de licença não estão mais sendo atendidos nas 48 horas previstas, o que eleva a pressão sobre os negociadores argentinos para a reunião bilateral que vai ocorrer em novembro.

A estratégia brasileira de endurecer o jogo com os argentinos revela algum esgotamento da tolerância que o Brasil sempre manteve nas negociações comerciais do Mercosul.

Há um ano, o governo argentino tomou a iniciativa de tornar não automáticas várias licenças de importação de produtos brasileiros sob a alegação de proteção à indústria local.
A valorização do real em relação ao dólar, é mais um fator desagregador entre os governos da Argentina e do Brasil. No caso do trigo e seus derivados, há clara perda de competitividade dos produtores nacionais e opção de comprar trigo da Argentina é muito mais barato. Os brasileiros querem que o governo equipare as alíquotas do imposto de exportação do trigo em grão, da farinha de trigo e da pré-mistura de trigo.

O Brasil importa aproximadamente 60% do trigo que consome e a Argentina é a principal fornecedora do mercado brasileiro. Para piorar o quadro no país vizinho, a cobrança de impostos sobre exportações e a seca quebraram a produção. No Paraná, principal produtor de trigo no Brasil, as chuvas em excesso também devem reduzir ganhos. (com informações de Valor Econômico)
 

Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

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