O governador André Puccinelli ficou 10 dias na China, visitando juntamente com uma missão empresarial as cidades de Beijing, Nanshang, Xinyu e Sanghai, buscando investimentos para Mato Grosso do Sul.
Puccinelli despertou o interesse dos executivos da BBCA Group que querem extrair polietileno da cana-de-açucar, o chamado plástico verde ou biopolietileno. Esse material é resultado de um processo de polimerização equivalente aos processos tradicionais, tendo como diferencial a obtenção do eteno, produzido por desidratação do etanol da cana-de-açúcar.
O polietileno é o plástico mais utilizado no mundo e seu maior consumidor são as indústrias de embalagem para alimentos, de produtos de limpeza, de produtos para higiene pessoal, automobilística e de brinquedos.
A principal vantagem que o plástico verde traz para a sua cadeia de valor é oferecer uma solução sustentável com todas as vantagens de processo do plástico mais usado mundialmente (o polietileno). Ou seja, além de ser de fonte renovável, de capturar e fixar CO2 da atmosfera e de ser reciclável, o biopolietileno não causa nenhuma perda de produtividade nos processos seguintes da cadeia produtiva.
Como Mato Grosso do Sul se encaminha para a posição de segundo maior produtor nacional de etanol (21 usinas funcionando atualmente e mais 6 em montagem) esse é o tipo de negócio que fortalece a cadeia produtiva da cana e agrega valor ao produto, gerando empregos e atraindo uma nova tecnologia para o Estado.
Os membros da China Promoções e Associação para a Ciência, Tecnologia e Finanças anunciaram durante a reunião com o governador que vão incluir Mato Grosso do Sul no roteiro da visita ao Brasil programada para dezembro deste ano. A fartura de terras, a proximidades dos grandes centros, como São Paulo e Rio, e os incentivos fiscais oferecidos pelo governador para novos empreendimentos atraíram a atenção dos chineses.
China x Mato Grosso do Sul
A China é a terceira maior economia mundial e será a segunda dentro dos próximos 10 a 12 meses, ultrapassando o Japão. O país é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior importador de Mato Grosso do Sul (soja e ferro). Ela poupa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem uma enorme capacidade de investimentos, estando em busca de novos mercados desde que a crise abalou a economia americana.
A China tornou-se principal parceiro comercial do Brasil no primeiro semestre de 2009, tendo corrente de comércio bilateral alcançado valor de US$ 17,2 bilhões, crescimento de 5,3% frente ao mesmo período de 2008. Revertendo tendência de anos anteriores, o Brasil obteve superávit de US$ 3,7 bilhões no comércio com o parceiro asiático, contra déficit de US$ 1,5 bilhão no primeiro semestre de 2008.
Este resultado positivo deveu-se tanto à forte retração das importações advindas da China - 24,4% inferiores ao mesmo período do ano anterior - quanto ao crescimento acelerado das exportações, que registraram expansão anualizada de 41,1%.
Dentre os principais destinos das exportações brasileiras, a China foi o único para o qual vendas aumentaram, em razão de volumosas vendas de soja e minério de ferro, que dominaram pauta exportadora para o parceiro asiático. A queda das importações pode ser explicada pela retração na atividade industrial no Brasil, uma vez que esta pauta é consideravelmente concentrada em insumos e equipamentos para indústria.(Com informações da assessoria)
Por Reginaldo Rizzo - (www.capitalnews.com.br)