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Economia Segunda-feira, 24 de Março de 2008, 17:22 - A | A

Segunda-feira, 24 de Março de 2008, 17h:22 - A | A

Fiems aponta recorde de empregos na indústria como base de mudança da matriz econômica

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente da Fiems ( Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Marcolino Longen, destaca que o fato da indústria e da construção civil terem sido os setores que mais geraram emprego no mês passado em Campo Grande demonstra a mudança do eixo produtivo e a inserção definitiva da indústria na matriz econômica do Estado. “É a transformação perceptiva e comprovada pelos índices do Ministério do Trabalho”, destaca.

Segundo o empresário, Campo Grande reflete a realidade de todo o Estado, evidenciando a ação que a Fiems vem desenvolvendo em parceria com as Prefeituras para atrair novas indústrias, disponibilizando qualificação de mão-de-obra, por meio do Senai, e, em um segundo momento, saúde, lazer, responsabilidade social e segurança no trabalho aos empregados por meio do Sesi.

De acordo com levantamentos do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho), o município de Campo Grande gerou, em fevereiro, 2.024 vagas de trabalho, volume 868% superior ao de fevereiro de 2007, e 154% maior que no mesmo mês de 2006. Somando janeiro, a quantidade de admissões em 2008 chega a 3.115, supera em 138% o saldo de empregos de todo o ano de 2006 e corresponde a 53% do saldo de 2007.

Os números de fevereiro são o ápice de um fenômeno que teve início em setembro do ano passado e representam o melhor saldo desde o início dos levantamentos do Caged, sendo que durante o ano passado foram gerados, em média, 16 empregos por dia, ante 52 neste ano. De acordo com o presidente da Fiems, o crescimento é um claro reflexo da atração de novas indústrias ao Estado pelas oportunidades de investimentos oferecidas pelas Prefeituras.

No entanto, Sérgio Longen destaca que as mudanças previstas no atual modelo da Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional podem inviabilizar esse crescimento industrial vivenciado nos últimos meses no Estado. “O atual texto da Reforma Tributária proposta pelo Governo Federal tem vários pontos conflitantes, pois estabelece uma condição igualitária para todos os Estados, gerando perdas para os menos desenvolvidos e favorecimentos aos mais ricos”, avalia.

Preocupado com isso, o presidente da Fiems informa que, em parceria com a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil no Estado), realizará o seminário “Reforma Tributária – A Reforma que Queremos”, programado para a próxima sexta-feira, dia 28 de março, das 9 às 19 horas, na Casa da Indústria, em Campo Grande. O encontro deverá reunir empresários e representantes da Amas, Amens, Asmad, CDL, Corecon, CRA, CRC, Crea, Faems, Famasul, Fecomércio e Secovi para fecharem uma proposta do setor produtivo do Estado em relação à Reforma Tributária.

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