Será realizada na próxima quinta-feira, a primeira reunião de 2009, do Comitê de Monitoramento da Crise, criado pela Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – e Sebrae/MS – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado –, onde serão discutidos e avaliados os impactos da crise financeira global no setor produtivo de Mato Grosso do Sul, participarão também do encontro entidades produtivas da indústria, comércio, serviços, agricultura, além de Banco do Brasil e Caixa Econômica.
Na pauta do encontro está a definição das estratégias de atuação do Comitê para este ano diante dos impactos da desaceleração evidenciados pelos indicadores da atividade industrial, tanto a nível nacional quanto estadual. Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também é o coordenador do CMC, Mato Grosso do Sul já começa a sentir queda no dinamismo econômico com a redução da demanda e conseqüente recuo nos planos empresariais para 2009.
Em Mato Grosso do Sul, embora o setor passe por um período de expansão, já pudemos acompanhar a diminuição da oferta de crédito, os percalços do setor minero-siderúrgico entre outros reflexos. Por isso estamos determinados a atuar por meio do CMC de maneira presencial e permanente”, ressaltou Longen.
A reunião será às 15 horas na Casa da Indústria na Avenida Afonso Pena, 1206, no centro de Campo Grande.
Agenda Positiva
Durante o encontro também serão retomados os pontos discutidos com o Governo do Estado na Agenda Positiva da Indústria. “Em reunião no início de dezembro com o governador André Puccinelli, entregamos uma pauta de reivindicações composta de 15 ítens, e da qual já foram atendidas algumas das propostas. Nossa intenção agora é consolidar esta Agenda”, revelou Longen ao relembrar a antecipação do pagamento do 13° salário dos 60 mil servidores estaduais, injetando cerca de R$ 189 milhões na economia estadual.
Também em dezembro do ano passado o governador André Puccinelli autorizou, por seis meses, a ampliação de dez dias nos prazos estabelecidos no calendário fiscal para o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). À época, o governador revelou que a intenção com a medida era aumentar o fluxo de caixa das empresas, sendo que a decisão atinge 99% dos contribuintes, excluindo apenas a Petrobras, as empresas de telecomunicações e as concessionárias de energia elétrica.
Relatório
Os representantes das 12 entidades ligadas ao CMC também vão avaliar e discutir os indicadores nacionais e regionais, além dos resultados da pesquisa de sondagem - que verifica o comportamento na indústria e comércio do Estado além da situação do crédito, enfocando o comportamento quanto ao acesso, taxas de juros e liberação. Produzido pelo Radar Industrial da Fiems, este será o terceiro Relatório divulgado pelo Comitê.
“Quando lançamos o Comitê em outubro do ano passado no furacão da crise, o primeiro relatório apontou a solidez e a tendência de expansão do setor industrial no Estado, já no segundo levantamento divulgado no mês de novembro ficou evidente a rapidez dos efeitos da crise nos setores agrícolas e industriais com a queda acentuada de 16% nas exportações do Estado, se comparada com os números da primeira quinzena de outubro, principalmente de etanol, minério de ferro e carne vermelha”, pontuou Sérgio Longen. (Com Informações: Fiems)