Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro conhecido por suas impactantes imagens em preto e branco que retratam questões sociais e ambientais, faleceu nesta sexta-feira (23) aos 81 anos em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização dedicada à restauração ambiental que ele fundou junto com sua esposa, Lélia Wanick Salgado.
Nascido em 1944 em Aimorés, Minas Gerais, Salgado iniciou sua carreira como economista antes de se dedicar à fotografia nos anos 1970. Ao longo de sua trajetória, viajou por mais de 120 países, documentando a condição humana em obras como "Trabalhadores", "Êxodos", "Gênesis" e "Amazônia". Seu trabalho destacou a dignidade de populações marginalizadas e a beleza de regiões remotas, sempre com um olhar sensível e comprometido.
Além de sua contribuição artística, Salgado foi um ativista ambiental. Em 1998, fundou o Instituto Terra com o objetivo de promover a recuperação da Mata Atlântica no Brasil. O projeto já resultou no plantio de milhões de árvores e na revitalização de áreas degradadas.
Salgado recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes em 1998 e o título de Embaixador da Boa Vontade da UNICEF. Em 2016, tornou-se membro da Academia de Belas Artes da França.
Sua vida e obra foram retratadas no documentário "O Sal da Terra" (2014), dirigido por Wim Wenders e por seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Sebastião Salgado deixa um legado inestimável para a fotografia e para a conscientização sobre questões sociais e ambientais. Seu olhar único e comprometido continuará a inspirar gerações futuras.