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Saúde e Bem Estar Sábado, 25 de Outubro de 2025, 11:40 - A | A

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Mato Grosso do Sul

Diagnóstico de TDAH ajuda criança a superar bullying e recuperar autoconfiança

Campo-grandense relata como a neurometria transformou a rotina da família e o comportamento do filho de 9 anos

Elaine Oliveira
Capital News

Nesta semana, em que se celebra o Dia Mundial de Enfrentamento ao Bullying (20 de outubro), histórias como a da campo-grandense Juliana Andrade da Silva, de 40 anos, ganham ainda mais significado. Seu filho, hoje com 9 anos, foi diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) após anos de desafios e incompreensão. O diagnóstico mudou a rotina da família e ajudou o menino a superar o bullying escolar e a recuperar a autoconfiança.

Juliana conta que os sinais começaram cedo, quando o filho tinha apenas 3 anos.

Acervo pessoal

Diagnóstico de TDAH ajuda criança a superar bullying e recuperar autoconfiança

Juliana Andrade da Silva e seu filho

“Ele era muito nervoso, explosivo, tanto em casa quanto com outras crianças. Achei que fosse apenas uma fase, não imaginava que havia algo além disso”, relembra.

Aos 7 anos, em meio a um período de separação conjugal, ela decidiu buscar ajuda profissional. Foi então que um especialista sugeriu a avaliação por neurometria, exame que analisa a atividade elétrica do cérebro e auxilia na identificação de transtornos como o TDAH.

“O exame revelou exatamente o que estava acontecendo. Foi como acender uma luz. A partir dali, conseguimos compreender o que ele sentia, oferecer o tratamento adequado e restabelecer a harmonia em casa”, conta Juliana, emocionada.

Divulgação

Diagnóstico de TDAH ajuda criança a superar bullying e recuperar autoconfiança

Jefferson Luís Azevedo Morel

O menino foi um dos primeiros pacientes do psicólogo e neurocientista Jefferson Luís Azevedo Morel a receber o diagnóstico com suporte da neurometria — um método que permitiu um tratamento mais assertivo, com acompanhamento psicológico e médico.

“Hoje ele está mais tranquilo, confiante e feliz. O diagnóstico não foi um rótulo, foi um recomeço”, afirma a mãe.

Antes disso, a família enfrentou diagnósticos equivocados, o que atrasou o tratamento e agravou os desafios emocionais — algo comum, segundo o Dr. Jefferson Morel.

“A neurometria traz uma compreensão objetiva do funcionamento cerebral. Isso é essencial para definir o tratamento adequado e evitar erros que prolongam o sofrimento da criança e da família”, explica o especialista.

Além de melhorar o bem-estar emocional, o diagnóstico correto foi determinante para enfrentar o bullying escolar que o menino sofria.

“Muitas vezes, o comportamento diferente desperta julgamento. Quando a escola e a família compreendem o que está por trás das atitudes da criança, é possível acolher, e não rotular. É assim que se combate o bullying de forma real e efetiva”, reforça o Dr. Jefferson.

Juliana deixa um recado para outros pais:

“Prestem atenção nos sinais. Às vezes, o que parece desobediência é um pedido de ajuda. O diagnóstico do meu filho foi um divisor de águas — trouxe entendimento, empatia e amor renovado.”

Entenda o que é o bullying

O bullying é caracterizado por comportamentos agressivos, intencionais e repetidos, com o objetivo de humilhar, intimidar ou excluir uma pessoa ou grupo. No ambiente escolar, pode causar depressão, ansiedade, baixa autoestima e estresse pós-traumático.

Os impactos vão além da vítima: o bullying afeta a convivência, alimenta a cultura da violência e do silêncio e contribui para a queda no rendimento e até a evasão escolar. Conscientizar famílias, professores e alunos é fundamental para quebrar esse ciclo e construir ambientes mais empáticos e acolhedores.

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