Nesta semana, em que se celebra o Dia Mundial de Enfrentamento ao Bullying (20 de outubro), histórias como a da campo-grandense Juliana Andrade da Silva, de 40 anos, ganham ainda mais significado. Seu filho, hoje com 9 anos, foi diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) após anos de desafios e incompreensão. O diagnóstico mudou a rotina da família e ajudou o menino a superar o bullying escolar e a recuperar a autoconfiança.
Juliana conta que os sinais começaram cedo, quando o filho tinha apenas 3 anos.
“Ele era muito nervoso, explosivo, tanto em casa quanto com outras crianças. Achei que fosse apenas uma fase, não imaginava que havia algo além disso”, relembra.
Aos 7 anos, em meio a um período de separação conjugal, ela decidiu buscar ajuda profissional. Foi então que um especialista sugeriu a avaliação por neurometria, exame que analisa a atividade elétrica do cérebro e auxilia na identificação de transtornos como o TDAH.
“O exame revelou exatamente o que estava acontecendo. Foi como acender uma luz. A partir dali, conseguimos compreender o que ele sentia, oferecer o tratamento adequado e restabelecer a harmonia em casa”, conta Juliana, emocionada.
O menino foi um dos primeiros pacientes do psicólogo e neurocientista Jefferson Luís Azevedo Morel a receber o diagnóstico com suporte da neurometria — um método que permitiu um tratamento mais assertivo, com acompanhamento psicológico e médico.
“Hoje ele está mais tranquilo, confiante e feliz. O diagnóstico não foi um rótulo, foi um recomeço”, afirma a mãe.
Antes disso, a família enfrentou diagnósticos equivocados, o que atrasou o tratamento e agravou os desafios emocionais — algo comum, segundo o Dr. Jefferson Morel.
“A neurometria traz uma compreensão objetiva do funcionamento cerebral. Isso é essencial para definir o tratamento adequado e evitar erros que prolongam o sofrimento da criança e da família”, explica o especialista.
Além de melhorar o bem-estar emocional, o diagnóstico correto foi determinante para enfrentar o bullying escolar que o menino sofria.
“Muitas vezes, o comportamento diferente desperta julgamento. Quando a escola e a família compreendem o que está por trás das atitudes da criança, é possível acolher, e não rotular. É assim que se combate o bullying de forma real e efetiva”, reforça o Dr. Jefferson.
Juliana deixa um recado para outros pais:
“Prestem atenção nos sinais. Às vezes, o que parece desobediência é um pedido de ajuda. O diagnóstico do meu filho foi um divisor de águas — trouxe entendimento, empatia e amor renovado.”
Entenda o que é o bullying
O bullying é caracterizado por comportamentos agressivos, intencionais e repetidos, com o objetivo de humilhar, intimidar ou excluir uma pessoa ou grupo. No ambiente escolar, pode causar depressão, ansiedade, baixa autoestima e estresse pós-traumático.
Os impactos vão além da vítima: o bullying afeta a convivência, alimenta a cultura da violência e do silêncio e contribui para a queda no rendimento e até a evasão escolar. Conscientizar famílias, professores e alunos é fundamental para quebrar esse ciclo e construir ambientes mais empáticos e acolhedores.
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