Você sabia que homens também podem ter câncer de mama? Embora raro, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que 1 em cada 100 casos da doença no Brasil ocorre em pacientes do sexo masculino. Em 2020, 207 homens morreram vítimas do câncer de mama — e a maioria dos diagnósticos foi feita em estágio avançado.
O alerta é do médico urologista Henrique Rodrigues Scherer, que chama atenção para um tema ainda pouco debatido: a negligência masculina com o próprio corpo. Durante o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, o especialista reforça a importância da prevenção.
“Ainda há uma grande parcela de homens que não se cuidam, não buscam ajuda médica quando observam alguma alteração no corpo. A masculinidade alimentada por estigmas sociais acaba sendo um grande empecilho na prevenção e no tratamento dessa e de tantas outras doenças”, explica o médico.
De acordo com Scherer, fatores culturais e sociais ainda impõem aos homens uma relação distante com a própria saúde, o que atrasa o diagnóstico.
“Essa barreira cultural precisa ser rompida. A saúde não tem gênero, e a prevenção deve ser uma preocupação de todos”, reforça.
Os sintomas do câncer de mama masculino são semelhantes aos observados em mulheres: nódulos, retração do mamilo, secreção, vermelhidão ou alterações na pele da mama. “Esses sinais não devem ser ignorados. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, orienta o urologista.
A doença é mais comum em homens acima dos 60 anos e pode estar relacionada a histórico familiar, obesidade, consumo excessivo de álcool e mutações genéticas.
“Mesmo quem não tem histórico familiar deve manter os exames em dia. A maioria dos casos ocorre por mutações ocasionais nas células, que acontecem naturalmente ao longo da vida”, explica Scherer.
O tratamento envolve cirurgia, podendo incluir quimioterapia ou radioterapia, conforme o estágio da doença. Para o especialista, o essencial é romper o silêncio e incluir os homens no debate sobre o Outubro Rosa.
“A informação é a melhor forma de cuidado. Prevenir é sempre melhor do que tratar”, conclui Dr. Henrique Scherer.
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