Campo Grande registrou uma redução de 63% nas notificações de dengue após a implantação do Método Wolbachia, segundo estudo aceito para publicação na The Lancet Regional Health – Americas. “Apesar de já ter sido implementado em outros locais, é a primeira vez que um município inteiro conta com a presença do mosquito com Wolbachia. Por isso, os resultados são tão relevantes”, afirmou Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Mesmo com a eficácia comprovada, as ações de combate ao Aedes aegypti continuam ativas. “O que precisamos ter em mente é que é sempre melhor não ter mosquito em casa do que supor que aquele criadouro é do Aedes com Wolbachia. Não há como diferenciar o inseto que carrega a bactéria daquele que pode transmitir arboviroses”, explicou Veruska.
A Prefeitura mantém visitas domiciliares de agentes de combate a endemias e intensifica mutirões no período de maior incidência, de dezembro a março. A força-tarefa “Meu Bairro Limpo” recolhe materiais inservíveis e reforça a visitação. “O descarte pode ser feito pelo agente durante a visita ou pelo morador, que leva os itens ao ponto de coleta definido pela Prefeitura”, detalhou Rubens Bitancourt, gerente de Controle de Endemias Vetoriais.
A combinação do Método Wolbachia com medidas preventivas contínuas reforça o potencial de Campo Grande como modelo para o combate sustentável à dengue. Segundo os especialistas, a estratégia pode ser adotada em larga escala em outras cidades do país, contribuindo para reduzir epidemias e proteger a população.
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