O Pantanal sul-mato-grossense vive um cenário bem menos alarmante em 2025 quando comparado ao ano anterior. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Mato Grosso do Sul ficou fora da lista de estados mais atingidos por queimadas em agosto, mês historicamente marcado pelo aumento dos focos de incêndio.
Apesar da melhora, os próximos dias exigem atenção. O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) prevê, entre sexta-feira (5) e quarta-feira (10), sol predominante, temperaturas entre 12°C e 38°C e ventos intensos, especialmente na região sul do estado. Essas condições, somadas à baixa umidade relativa do ar, elevam o risco de incêndios florestais.
De acordo com o órgão, o perigo de fogo no Pantanal varia entre “muito alto” e “extremo” até o dia 9. O cenário só deve se amenizar com a chegada de uma frente fria, que deve influenciar a região sudoeste a partir da semana que vem.
Redução expressiva
Em 2025, o bioma Cerrado-MS registrou queda de 74,9% na área queimada, enquanto o Pantanal sul-mato-grossense apresentou redução ainda mais significativa, de 98,5% em relação a 2024.
Para reforçar o combate, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS) mobilizou 795 militares desde janeiro.
Ações de prevenção
A melhora nos índices também reflete o conjunto de ações adotadas pelo governo federal, que incluem:
contratação de mais brigadistas;
uso de helicópteros em operações contra incêndios e desmatamentos;
apoio financeiro do Fundo Amazônia, estendido pela primeira vez ao Cerrado e Pantanal;
sanção da Lei 15.143/2025, que autoriza uso de aeronaves internacionais em emergências ambientais;
publicação de edital com R$ 32 milhões para municípios prioritários;
retomada da Sala de Situação Interministerial sobre Incêndios;
conclusão do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios do Pantanal;
e um novo decreto que aumenta punições por incêndios florestais.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, as medidas visam não só reduzir focos de incêndio, mas também preservar a biodiversidade, proteger os biomas e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
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