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Bem-Estar Sábado, 26 de Julho de 2025, 13:44 - A | A

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Coluna Bem-Estar

Descubra os hábitos que sabotam sua saúde mental

Por Thais Hott

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Mesmo que pareçam atitudes inofensivas, alguns tipos de comportamentos podem levar ao agravamento de quadros depressivos

urbazon/iStock

ColunaBem-Estar

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A depressão é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive os brasileiros. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o Brasil lidera o ranking de países da América Latina com o maior índice de depressão entre a população. Essa condição afeta 5,8% da população brasileira, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros.

Para controlar os sintomas, não basta somente tratamento médico e psicológico, é preciso também alterar o estilo de vida. Atitudes que aparentemente parecem inofensivas, podem intensificar quadros depressivos e dificultar a recuperação. Veja que tipos de comportamentos devem ser evitados para quem precisa conviver com a depressão.

Isolamento social

Não manter o contato com amigos, colegas ou até mesmo familiares, pode parecer algo positivo durante episódios depressivos, mas a verdade é que esse isolamento pode piorar o quadro. Mesmo que em pequenas doses, manter vínculos sociais são importantes para preservar a saúde mental.

Essa troca de afeto e a sensação de pertencimento podem ser aliados poderosos no combate ao sentimento de solidão, o que é bastante comum em quem precisa enfrentar a depressão todos os dias.

Privação de sono

Uma rotina de sono irregular, ou até mesmo dormir mal, podem comprometer a regulação emocional, o que pode agravar os sintomas de depressão. Um descanso de qualidade é essencial para que o humor e a cognição possam ficar equilibrados.

Organizar a rotina para estabelecer horários fixos para dormir e acordar, evitar telas antes de dormir e criar um bom ambiente para o sono, são bons métodos para gerar uma melhora na qualidade de sono.

Má alimentação

Ter uma rotina alimentar onde os alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, são consumidos em excesso pode fazer mal ao cérebro. Isso acontece pois uma dieta pobre em nutrientes afeta diretamente a produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar, sendo a mais famosa, a serotonina.

Portanto, consumir vegetais, proteínas magras e grãos integrais, de maneira saudável e equilibrada, podem contribuir positivamente na melhora do humor e disposição diários.

Falta de exercícios e atividades físicas

O sedentarismo é um dos principais fatores que contribuem significativamente para o agravamento da depressão. Como a prática regular de exercícios libera endorfinas e outros hormônios associados ao prazer e motivação, se manter parado é um veneno para quem possui quadros depressivos.

Portanto, praticar exercícios como caminhadas leves, yoga ou qualquer tipo de atividade que proporcione bem-estar, podem trazer benefícios significativos para o humor.

Redes sociais em excesso

De acordo com o Panorama da Saúde Mental 2024, realizado pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, jovens que passam mais de três horas por dia nas plataformas digitais têm 30% a mais de risco de ter depressão do que outros usuários que fazem um uso mais moderado das redes sociais.

Sentimentos como inadequação, comparação e solidão, podem ser significativamente aumentados pelo uso constante de plataformas digitais. Por isso, é importante estabelecer limites de uso e buscar interações reais, ao invés das virtuais, para ajudar no combate direto aos sintomas da depressão.

Abandono do tratamento

Deixar de seguir o tratamento prescrito para quadros depressivos, prejudica a eficácia do processo terapêutico. Por conta disso, é essencial seguir à risca as receitas médicas, para que os efeitos da depressão sejam amenizados da melhor forma.

Além disso, também é importante o uso regular de medicamentos, como o citalopram 20mg, frequentemente recomendado por psiquiatras. Esse medicamento ajuda na regulação da serotonina, o que gera alívio nos sintomas após algumas semanas de uso regular. Seu uso sempre deve ser orientado por um profissional de saúde e jamais ultrapassar a dosagem indicada e nem a duração do tratamento.

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