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Política Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2010, 16:41 - A | A

Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2010, 16h:41 - A | A

André faz torcida por Michel Temer

Marcelo Eduardo - Capital News

O governador André Puccinelli (PMDB) declarou em alto e bom som para quem quisesse ouvir que vota para que o deputado federal Michel Temer continue na presidência do PMDB nacional.

Durante entrega de patrolas na Governadoria na manhã de hoje (28), André disparou: “No dia 6 de fevereiro [data da convenção peemedebista], lá em Brasília, eu vou votar no Michel.”

Não contente em externa sua preferência,André ainda fez torcida: “Michel, Michel, Michel”, bradou, erguendo os braços como quem torce para seu time de futebol.

André pode ter feito papel de cabo eleitoral, pois, ali, haviam diversos prefeitos e parlamentares peemedebistas que, muito embora possam não votar [só têm este direito os delegados], podem fazer pressão.

PMDB-MS com Dilma?

Não é de hoje que o governador André Puccinelli mostra simpatia pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), sua fada madrinha – como ele mesmo diz. Também não é recente a confirmação de que Michel Temer quer continuar a aliança nacional com o atual governo Federal – o PMDB está em diversos ministérios.

André deixou bem claro durante o discurso que fez, relacionado ao evento: “Só falo de política a partir de 31 de março [data limite para os interessados a serem candidatos deixarem os cargos políticos que por ventura tenham].” Repetiu a frase por três vezes durante sua fala oficial e outras tantas nos bastidores e à imprensa.

Mas, o comentário é de que André poderia ter tomado sua decisão votando pela permanência de Michel Temer.

No dia 5, o embate sobre o apoio de André a Dilma foi tema da Revista Veja. Nota divulgada pelo blog do colunista Lauro Jardim afirma que “a cúpula do PMDB já conseguiu a fórmula para resolver um dos principais entraves regionais à aliança com o PT. O acordo seria liberar Puccinelli para fazer a aliança que quiser, garantido o apoio da direção nacional do PMDB. Em troca, o governador votaria a favor da aliança pró-Dilma no diretório nacional”.

Especulações têm surgido muito em razão da revolta dos partidos aliados com a demora de uma posição oficial de André. Parceiros tradicionais do PMDB em Mato Grosso do Sul aguardam definição do governador sobre quem apoia para confirmar o namoro. O Bloco Democrático Reformista (BDR) – formado por PSDB, DEM e PPS – já se mostrou inclinado a deixar a longa parceria no Estado para lançar a senadora tucana Marisa Serrano à disputa pela Governadoria se André não se decidir logo, por outro lado, ele disse que só começa a falar “sobre política” em março.

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

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