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Interior Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009, 17:06 - A | A

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009, 17h:06 - A | A

Ruiter diz que não aceita construção de casas

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT) disse hoje durante visita a Campo Grande que não permitirá que o Governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), construa as 1,2 mil casas populares no município. “Não vou aceitar isso. Tenho que cumprir a lei e a nossa lei municipal diz que eu tenho que cumprir o plano de habitação. Além disso, lá (terreno) não é o local adequado para habitação. É um local emblemático, destinado a expansão da área industrial”, afirma.

Ruiter foi comunicado pela equipe do site Capital News de que o secretário estadual de habitação, Carlos Marun, afirmou que as obras naquele terreno devem começar na segunda quinzena de outubro deste ano. Ele respondeu a seguinte frase: “Se ele quiser descumprir a lei....... Não quero deixar de receber as casas, sou contra a utilização equivocada daquele terreno para a construção das moradias”, finaliza.

Impasse

Continua o impasse sobre o terreno em Corumbá que teria sido repassado à Prefeitura pelo então governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, em dezembro de 2007. A celeuma é pelo seguinte. André retomou a área para construção de casas e teria dito que a entrega feita por seu antecessor fora irregular. O Capital News, em entrevista anterior, o deputado Paulo Duarte (PT) disse que o que houve foi uma cessão por decreto e que isso é “absolutamente legal”. O petista disse ainda que o local não é para ser usado para construção de unidades habitacionais e sim para uma área industrial.

O secretário de Estado de Habitação, Carlos Marun, disse que o “terreno é do Estado” e que as construções devem ter “início na segundo semana de outubro”. “O processo licitatório está em andamento. Serão 1200 casas com recursos do Estado. Não existe óbice legal nenhum.” Com relação às reclamações do prefeito Ruitter (PT), que quer o terreno para o Município, Marun disse esperar que ele mude de ideia. “Acredito que com o projeto, assim que ele o observar melhor, vai ver que é o melhor para a cidade de Corumbá”, afirma ao Capital News, durante evento na manhã de hoje em um hotel da Capital.

De acordo com Paulo Duarte afirmara anteriormente ao Capital News, o lote de terra não foi uma concessão [como afirmaria o governo do Estado], mas um processo de desapropriação destinado para a construção de um polo industrial. Fato que, segundo ele, ocorrera ainda durante gestão de Pedro Pedrossian, em 1992. O que Zeca teria feito, neste caso, seria uma cessão de uso por decreto, logo, a área ainda pertence ao governo, conforme ele. "Tanto é que o André 'retomou'", disse Paulo.

Por Alessandro Perin e Marcelo Eduardo (www.capitalnews.com.br)

 

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