O consumo de etanol em Mato Grosso do Sul caiu 57,61% em abril de 2011 se comparado com 2010, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A alta nos preços e a pouca vantagem com relação à gasolina são as principais causas que afugentou os consumidores das bombas de álcool.
Os números da ANP mostram que a venda do combustível no Estado reduziu em dados totais neste ano de 8,3 mil metros cúbicos (m³) no mês de março para 5,4 mil m³ em abril. O percentual equivale à queda de 34,23% nos meses de 2011.
Comparando com o ano passado chega-se a queda de mais da metade, pois em abril de 2010 vendeu-se 12,9 mil m³ de etanol diante de apenas 5,4 mil m³ em 2011. O produto nos postos de combustíveis chegou a ser vendido por R$ 2,80 o litro até inicio de maio.
De acordo com assessoria do Sindicato do Comércio Varejista de combustíveis automotivos e lubrificantes (Sinpetro-MS), a população viu a grande diferença e partiu para retalhar a venda nos preços altos.
“A queda na compra pelo consumidor é sem dúvida por causa do preço, a população viu a grande diferença e a queda vai se acentuar, pois os motoristas só voltam a comprar, quando voltar o preço e ficar mais em conta”, explica assessoria do Sinpetro.
Queda dos preços
Para o Sinpetro, somente em três semanas, isto é, por volta do fim do mês ou início de julho é que a redução nos preços volta a ser compensador trocar a gasolina pelo etanol.
“Deve continuar caindo gradativamente, mas registrar a diferença de 70% entre os combustíveis, no mínimo lá pelo último dia deste mês”, revela o sindicato.
O primeiro quadrimestre de 2011 em relação a 2010, já tem registro de queda de 3,8%. De acordo com ANP, a venda em m³ caiu de janeiro a abril deste ano, mais de 50%, pois no primeiro mês do ano saiu 13,7 mil m³ e no quarto ficou apenas em 5,4 mil m³.
Álcool parado
Segundo o Sinpetro, os revendedores são reféns dos usineiros e do distribuidor, pois o preço já vem imposto em cascata por eles. Assim, o único recurso é o repasse ao consumidor. “O sindicato é refém, a usina dá o preço e a distribuidora coloca mais seu valor e até que chegue a bomba fica nos patamares que se encontraram”, diz.
Contudo, os postos até que não possuem prejuízo, pois o produto fica parado no tanque. Compra-se menos álcool e não se vende, o que pro conseqüência ocasiona, a não compra da usina. Isto forçará a ir reduzindo o preço para não ficar sobrando álcool. Outra alternativa é usar o produto que estão nos postos na mistura com a gasolina.
“Os postos não tem grandes ou não tem prejuízos, pois comprou e deixa lá e não vende, fica parado e dae não compra mais da usina também. Isto é a lei de mercado, que forçará a redução dos preços”, relata o Sinpetro.
Por Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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