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Economia Quinta-feira, 07 de Abril de 2011, 12:36 - A | A

Quinta-feira, 07 de Abril de 2011, 12h:36 - A | A

Após forte alta, preço do etanol pode baixar em maio, diz Ministério

Eduardo Penedo (Capitalnews)

O preço do etanol que vem subindo a passos largos, em Campo Grande a média está por volta de R$ 2,39, deve cair a partir de maio, segundo informações divulgada pelo subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.

Após reajustes consecutivos no preço do etanol em março, os postos de combustível compram o litro da gasolina em Campo Grande por valores entre de R$ 2,30 e R$ 2,50. Já a média do preço de venda ao consumidor final da gasolina é de R$ 2,709 e a variação entre os postos é mínima. Antes era viável utilizar etanol em vez de gasolina. Agora os motoristas estão fugindo do famoso álcool como o diabo da cruz. No frangir dos ovos só compensa economicamente abastecer com álcool se o preço for de até 70% do valor da gasolina.

Segundo o subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, as usinas já estão moendo a safra atual de cana de açúcar o que deve fazer com que o preço caia bem mais para o consumidor.

No entanto, nos próximos anos, o governo pode enfrentar novamente, no período de final de março e no mês de abril, esse problema de desabastecimento, em função do fim de uma safra e início da seguinte.

Na avaliação de técnicos do governo, o preço do álcool deve voltar, em maio, ao mesmo patamar do ano passado, devido a grande quantidade do produto que deve entrar no mercado.

Bittencourt disse que o governo tem discutido uma série de iniciativas para tentar resolver os problemas no setor sucroalcooleiro. Alguns reestruturais e outros conjunturais.
A discussão sobre a possibilidade de tornar o álcool um combustível regulado pela Agência Nacional do Petróleo voltou a ganhar força. Outra medida que está em estudos dentro do governo para a próxima safra é a abertura de uma linha de financiamento temporária, do BNDES ou do Banco do Brasil, para renovação do canavial.

O debate sobre a alíquota do ICMS com os estados principais produtores do País, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, também deverá estar em pauta. Segundo o subsecretário, houve muitas fusões e consolidações no setor, nos últimos anos, mas poucas novas usinas entraram em funcionamento por causa dessa barreira tributária.

Outra linha de frente do governo é a discussão com as montadoras para tornar o etanol mais eficiente como combustível. Bittencourt defende que é preciso melhorar a relação econômica do álcool com a gasolina.
 

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