Anglicanos da capital paulista vão refletir, amanhã, sobre a incidência do HIV/Aids na sociedade, de modo especial entre a juventude. Pesquisas recentes indicam que 40% dos 33,2 milhões de pessoas vivendo com o HIV/Aids no mundo são jovens.
Ainda há muita dificuldade das instituições religiosas tratarem a temática, pois ela carrega consigo entraves teológicos, que associam a sexualidade ao pecado. “Muitas igrejas têm rejeitado e condenada a pessoa portadora do HIV, pois entende que ela infringiu regras religiosas”, diz o reverendo Arthur P. Cavalcante, reitor da Paróquia da Santíssima Trindade, de São Paulo.
No entanto, cada vez mais se ouve comentários de pessoas vinculadas a igrejas que são portadoras do HIV. Algumas denominações impedem a presença dessas pessoas em sua membresia, outras atacam determinados grupos, como gays e lésbicas, demonizando-os. “Esse posicionamento não ajuda em nada a sociedade, pois as estatísticas apontam a presença do vírus em grupos heterossexuais que vivem em matrimônio”, contrapõem Cavalcante.
Tratar a sexualidade humana e a corporeidade nas comunidades religiosas, afirma o reitor da Santíssima Trindade, é um desafio para a teologia. Ele entende, contudo, que fomentar o diálogo sobre a temática, envolvendo a comunidade e suas lideranças, é muito importante, pois ajudará a tornar o espaço religioso mais terapêutico, “onde o fiel é, antes de tudo, um cidadão em sua plenitude e integralidade”.
Instituído em 1988, o Dia Mundial de Luta contra o HIV/Aids é lembrado a cada dia 1º de dezembro.
(Com informações do Dourados News)
