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Saúde Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 10:04 - A | A

Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 10h:04 - A | A

PAC da Saúde prevê investimentos de R$ 90 bilhões até 2011

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde, no Palácio do Planalto. O programa prevê a liberação de cerca de R$ 90 bilhões para a saúde ao longo dos próximos quatro anos.

Desse montante, R$ 65 bilhões são recursos já destinados para a saúde e R$ 24 bilhões referem-se ao dinheiro que será liberado por meio da emenda 29 --já aprovada pela Câmara dos Deputados. A emenda define verbas federais, estaduais e municipais exclusivamente para a saúde.

Entre os objetivos do pacote lançados hoje estão as amplicações nos programas de saúde da família, atendimento odontológico e de distribuição de medicamentos, além de novas unidades de Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O PAC da Saúde prevê a criação de 3 milhões de empregos diretos e indiretos no setor --que passariam de 9,5 milhões em 2007 para 12,5 milhões em 2011.

No lançamento do programa, Lula disse que os investimentos em saúde permitem que a população mais pobre tenha acesso a tratamentos de ponta.

"O que eu sei é que tem uma parte da população que tem acesso a coisas. E outra parte não tem. E graças ao SUS [Sistema Único de Saúde], eles começaram a ter acesso. Na mesma máquina que deita um presidente da República, deita um companheiro pobre", afirmou o presidente no lançamento do programa.

Lula também criticou a classe média que tem paga plano de saúde privado, utiliza o SUS e deduz os gastos no Imposto de Renda. "Muitos daqueles que utilizam as máquinas mais sofisticadas [que estão no SUS] depois deduzem do IR o que pagou do plano de saúde. Eu também faço isso porque também sou classe média. Eu pago plano de saúde caro e também sou ressarcido", disse.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o investimento em saúde pública é fundamental para o crescimento do país. "Saúde aqui é vista como fator imprescindível para o desenvolvimento, para o crescimento do país", disse.

Segundo ele, o setor da saúde representa hoje cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto). "Saúde é a única política social que tem uma dualidade muito importante. Ela é fundamental para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar, do desenvolvimento da sociedade. Mas ela também tem uma dinâmica econômica interna, que cria emprego, riqueza, renda, inovação, tecnologia", disse.

Programa
O programa saúde da família --um dos pilares do PAC da Saúde-- prevê que haverá 40 mil equipes de médicos, enfermeiros e auxiliares técnicos que atenderão 130 milhões de pessoas até 2011.

O programa Brasil Sorridente terá mais 8.000 equipes implantadas em todo o país. Dentro do Farmácia Popular, serão criadas mais 600 farmácias populares e o número de medicamentos passará de nove para 25.

O Mais Saúde prevê que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ganhará mais 4.200 ambulâncias. (Com informações Conjuntura On-Line)

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